Sumários

O neoplatonismo

28 Setembro 2023, 09:30 Angélica Varandas


Plotino e a doutrina das Emanações.

O neoplatonismo cristão: Orígenes e Santo Agostinho.

Não houve aula

26 Setembro 2023, 15:30 Rodrigo Furtado


Não houve aula por rotura de um cano na Alameda Universitária, que obrigou à interrupção do abastecimento de água na Faculdade.

O advento do cristianismo.

26 Setembro 2023, 09:30 Angélica Varandas


A queda do Império romano e o início da Idade Média.

O advento do cristianismo.
Constantino e Teodósio: É dito de Milão e Édito de Tessalónica.

A conversão de Constantino e a cristianização da sociedade: o que aconteceu aos deuses clássicos?

21 Setembro 2023, 15:30 Rodrigo Furtado


1.     No ano 300: 10% de cristãos; 25% dos habitantes das cidades eram cristãos.

 

2.     A negligência: A decadência da religiosidade cívica.

“Imaginei na minha cabeça o tipo de procissão que seria, com um homem a ter visões sonho: animais para sacrifícios, libações, refrões em honra do deus, incenso e os jovens da cidade a rodear o santuário, com as suas almas adornadas com toda a santidade e eles próprios vestidos com vestes brancas e esplêndidas. Mas quando entrei no santuário, não encontrei incenso, nem um bolo, nem um animal para sacrifício. Nesse momento fiquei espantado e pensei que ainda estava fora do santuário e que estavam à espera de um sinal meu, dando-me essa honra por eu ser o sumo pontífice. Mas quando comecei a indagar que sacrifício a cidade pretendia oferecer para celebrar a festa anual em honra do deus, o sacerdote respondeu: 'Trouxe comigo da minha casa um ganso como uma oferenda ao deus, mas a cidade desta vez não fez preparativos.” Juliano, Misopogon (sobre o santuário de Apolo em Dafne, perto de Antioquia).

 

3.     As consequências da batalha da Ponte Mílvia (312).

3.1   O edicto de Milão (313).

3.2   A conversão da família imperial.

3.3   Uma conversão rápida “de cima para baixo”.

3.4   Ca. 350 d.c.: 32 milhões de cristãos; seguramente perto de 90% nas cidades.

 

4.     Cristianismo e ambiguidades na época de Constantino (306-337).

4.1   O carácter ambíguo das atitudes de Constantino:

                                               i.     a manutenção dos ritos cívicos;

                                              ii.     os templos da deusa Thychê e dos Dióscuros em Constantinopla;

                                             iii.     Santa Sofia de Deus (360; Constâncio II).

4.2   O Cristianismo como padrão cultural: ser cristão é ser como o imperador

4.3   A argumentação a favor da proibição dos rituais não cristãos. Um combate pela racionalidade e a cultura: Basílio de Cesareia, Gregório de Nazianzo.

 

5.     A vitória do Cristianismo

5.1   A proibição aos cristãos de participarem nos ritos e sacrifícios cívicos (321 d.C.);

5.2   Edicto de Constante (ou Constâncio II) (341): cesset superstitio, sacrificiorum aboleatur insania/cesse a superstição e que a insânia dos sacríficos seja abolida  (cod. Theod. 16.10.2): a proibição dos rituais da religio.

5.3   Notícias esporádicas de conflito; mas ausência de uma política consequente até à época de Teodósio; mesmo depois, não há uma perseguição massiva;

5.4   Teodósio e o edicto de 391: a ilegalidade dos templos pagãos.

                                               i.     A extinção do fogo do Templo de Vesta e a proibição das Vestais;

                                              ii.     A proibição da religião familiar;

                                             iii.     O abandono/destruição dos templos?

 

6.     O caso de Serapeum de Alexandria:

 

https://youtu.be/UAWZSSGjIvw  (Agora, A. Aménabar, 2009)

 

6.1   Fontes: Rufino, Sócrates, Sozómeno (não gosta de Teófilo), Teodoreto e Eunápio (pagão).

6.2   Não referem qualquer biblioteca;

6.3   Teófilo de Alexandria retira de um templo abandonado objectos sagrados;

6.4   Reacção pagã: tomam o Serapeum, torturam e crucificam cristãos;

6.5   Acabam por ser expulsos e os líderes, que eram filósofos neo-platónicos, perdoados por Teodósio;

 

Mataram muitos cristãos, feriram outros e tomaram o Serapeum, um templo que era notável pela beleza e grandeza e que estava situado num lugar alto. Converteram-no numa cidadela temporária; e para ali transportaram muitos dos cristãos, torturam-nos e obrigaram-nos a oferecer sacrifícios. Aqueles que recusaram obedecer foram crucificados, tiveram ambas as pernas quebradas ou foram mortos de algum modo cruel. Quando a sedição já durava há algum tempo, os governantes vieram e instaram o povo a lembrar as leis, a depor as armas e a abandonar o Serapeum

Sozómeno 7.15.

 

7.     As destruições:

Gália: 2,4% templos destruídos;

Norte de África: apenas destruições em Cirene;

Ásia Menor: apenas um exemplo de destruição;

Grécia: apenas um exemplo de destruição (pelos Godos de Alarico);

Itália: apenas um exemplo de destruição;

Britânia: três exemplos de destruição;

Egipto: sete exemplos de destruição;

Síria-Palestina: vinte e um exemplos de destruição

TOTAL: 43 destruições

 

8.     O Concílio de Niceia (325): como é o deus cristão?


Bibliografia sumária:

Humphries, M. (2018), Christianity and paganism in the Roman Empire, 250–450 ce’, A companion to religion in Late Antiquity, Malden, MA, 61-80.  

………………………………………

Brown, P. R. L. (1961), ‘Aspects of the Christianization of the Roman Aristocracy’, Journal of Roman Studies 51, 1-11.

Cameron, A. (1970), Claudian: Poetry and Propaganda in the Court of Honorius, Oxford.

Chuvin, P. (1990), Chronique des derniers païens, Paris.

Fox, R. L. (1987) Pagans and Christians, New York.

Kaster, R. A. (1988), Guardians of Language: The Grammarian and Society in Late Antiquity, Berkeley – Los Angeles – London.

Lavan, L. A.-Mulryan, M., eds. (2011),  The Archaeology of Late Antique ‘Paganism’, Leuven.

MacMullen, R. (1997), Christianity and Paganism in the Fourth to Eighth Centuries, New Haven. 

Maxwell, J. (2012), ‘Paganism and christianization’, The Oxford handbook of Late Antiquity, Oxford.

Momigliano, A., ed. (1963), The conflict between Paganism and Christianity in the Fourth Century, Oxford.

Pelikan, J. J. (1993), Christianity and classical culture: the metamorphosis of natural theology in the Christian encounter with Hellenism, New Haven.

Reynolds, L. D. – Wilson, N. G. (20134),  Scribes and scholars. A Guide to the Transmission of Greek and Latin Literature, Oxford.

Idade Média e Medievalismo.

21 Setembro 2023, 09:30 Angélica Varandas


O medievalismo: definição e contextualização.

Discussão do texto de Umberto Eco, "Dreaming of the Middle Ages".