Sumários

Os anos 20: a 1ª vanguarda francesa

10 Outubro 2018, 10:00 Fernando Guerreiro

1. a crise da indústria do cinema no pós-guerra:"americanizar" (Charles Pathé).

2. o "2º nascimento" do cinema: arte nova, moderna, mecânica e de vanguarda "nascida durante a guerra" (Delluc); uma estética da Imagem (Léger); o cinema como a "nova poesia" (Cendrars).
2.1. a "1ª vanguarda" como "escola francesa" (Sadoul): "laboratório de formas"  e "promessa de uma arte nova" (Langlois); 2.2. o carácter narrativo da "escola de 1919" (Marcel L'Herbier): ambivalência da posição face à indústria  - "a narrative avant garde" (Richard Abel); 2.3. duas vagas:nos anos 20: i) a de 1919-19124: narrativa e no sistema; ii) a de 1924-1930: desconstrutora, paródica, fora do sistema; 2.4. a vanguarda francesa como "escola impresssionista" (Langlois, Dulac): a questão da Luz, atmosférica e "pontilhista": o "gris lumineux" (Deleuze) (cont.).
* projecção de "La Ballet Mécanique" de Fernand Léger (1924) e de duas curtas de Germaine Dulac (1929);  excertos de "Fantômas" e "Les Vampires" de Louis Feuillade (1914-1916)
Biliografia: texto de Élie Faure sobre a Cineplastia na pasta da cadeira (verde); ler para a próxima aula "La Glace à  3 Faces" de Pul Morand (pasta da cadeira). 


O cinema na guerra de 1914-1918

8 Outubro 2018, 10:00 Fernando Guerreiro

1. a guerra de 1914-1918 como o primeiro conflito global e mediatizado: a importância da imagem. Os novos dispositivos de percepção e produção das imagens e do real (P. Virilio).
2. a guerra na Literatura: 2.1. a explosão e satelização da linguagem; a espacialização do poema: os Caligramas de Apollinaire (1918).
3. a guerra no cinema francês: como figurar e representar o horror? Duas vias: 3.1. o melodrama patriótico: Louis Mercanton, "Mères Françaises" (1916) e 3.2. o "realismo fantástico" (visionário) de Abel Gance, "J'accuse!" (1919).
* projecção de excertos dos dois filmes
Bibliografia: Texto "J'ai tué!" de Blaise Cendrars (1919), distribuído na aula , e artº de Laurence Véray na pasta da cadeira (verde)


O cinema do ano 1913

3 Outubro 2018, 10:00 Fernando Guerreiro

1. diferenças entre o modelo do cinema americano e o europeu (Tom Gunning): características do cinema francês: cinema escrito, de argumento (literário),com maior duração de planos (lento), da produndidade de campo, registo contido da representação dos actores, efeito de distanciamento do espectador (auto-reflexividade).

2.linhas de produção: i) a comédia: do gag físico, descontínuo, à comédia de situação, de personagem ("séries nominales"), mais narrativa (Max Linder), ii) o cinema social e o realismo naturalista: as "Scènes de la Vie telle qu'elle est" (Feuillade, Gaumont) e o (melo)drama zoleano (Castellani); iii) o melodrama romanesco (burguês ou popular): o "metacinema" ("auto-referencial") de Les Mystères des roches de Kador de Léonce Perret (1912); iv) o serial  ("film à épisodes"): resposta da Gaumont ao "serial" americano: Feuillade, Fantômas (1913/4) e Les Vampires (1915/6): o "realismo fantástico" (urbano, moderno) já-lá (não descontínuo) de Feuillade; uma 3º via para o cinema (Alain Resnais).
* projecção de parte do filme de Léonce Perret (1912) e da curta Les Débuts de Max au cinéma de Max Linder (1910)
Bibliografia: para lá dos artºs de T. Gunning. Richard Roud e Francis Lacassin na Antologia, texto de Mireille Berton, sobre Kador, na pasta da cadeira


O "Film d'Art" (1908/1910)

1 Outubro 2018, 10:00 Fernando Guerreiro

Film d'ArtA resistência da Literatura ao Cinema: a questão dos direitos e da propriedade intelectual;o cinema como técnica ou divertimento ("spéctacles de curiosités") e não "arte"; o paradigma jurídico da Fotografia: reprodução e não "criação";
2.as relações entre Teatro e Cinema: 2.1. a crise do teatro no final do século XIX: a concorrência do "café-concerto"; a tendência do sensacionalismo (melodrama e "Grand-Guignol"); 2.2. a entrada do cinema: o cinema como teatro fácil, barato, popular e rápido (Jules Claretie)
3. o Film d'Art em 1908: 3.1. características: a concepção plástica da imagem (décors); plano como palco= quadro (com profundidade); sequencialidade narrativa; actuação mais contida; 3.2. a polémica da Pantomina no cinema (Adolphe Brisson); 3.3. a legitimação do cinema enquanto "arte" (5ª ou 6ª arte (Delluc, Canudo, Gance)); 3.4. o "grand tournant " do Film d'Art (H. Langlois): a orientação para a narrativização na América (Griffith) e o cinema das "divas" em Itália; 3.5. a crítica dos modernistas nos anos 20: o elogio do cómico primitivo (Canudo) como"Avant-Garde sans le savoir"; retorno à "école de 1910" (René Clair).
* projecção de L' Assassinat do Duc de Guise de André Calmettes (1908) e de Onésime Horloger de Jean Durand (1910)
Bibliografia: texto de Alain Carou sobre o "Film d'Art" na Antologia


O 1º Cinema em França (18967 1910)

26 Setembro 2018, 10:00 Fernando Guerreiro

1. a  1ª "idade industrial" do cinema em França: o "boom" de 1907 e a crise de "sobreprodução" e de exportação de 1908-1910; resistência do mercado americano depois da formação do MPPC em 1908; mudança (americanização) do gosto: a revelação de The cheat , de  Cecil B De Mille em 1916 (Colette).

2. a "estética das atracções" (T. Gunning): 2.1. o carácter"popular" do cinema francês (Delluc, Sartre, Renoir); 2.2. os traços arcaicos em 1912-1914:  cinema do plano e da resistência à narração; 2.3. principais linhas de produção: o "film- truc" (na linha de Méliès); de "perseguição" (da Pathé);  o filme histórico/ bíblico de décor (Vidas de Cristo, Paixões);  o melodrama passional e social (zoleano) (Ferdinand Zecca, Histoirde d'un crime,"1901); o "cómico": primitivo (físico, do gag) das "scènes comiques" (Alice Guy,  Madame a des envis) e depois de "vedeta"/"personagem " (as "séries nominales": Onésime, Max Linder).
* projecção de filmes de Alice Guy , F. Zecca, Jean Durand (Onésime), Max Linder