Sumários
Tempo (2)
26 Outubro 2022, 12:30 • Ricardo Santos
Um problema epistémico para a teoria do bloco crescente: como podemos saber que agora é o presente objectivo (i.e., a última fatia do bloco temporal)? Aparentemente, o mais provável é que estejamos algures no passado. A réplica do ‘passado morto’: o facto de estarmos conscientes prova que estamos no presente; se estivéssemos no passado, não teríamos estados mentais conscientes, seríamos zombies. Discussão desta réplica.
A relatividade da simultaneidade pode ser usada como prova de que existem tempos e acontecimentos futuros. A perspectiva eternista: todos os tempos são igualmente reais; “passado”, “presente” e “futuro” são indexicais; o tempo é como o espaço. Será possível viajar no tempo? Podem ser descritas formas paradoxais de viagens para o passado, em que o viajante faz algo de onde resulta necessariamente a sua inexistência no momento da partida; por exemplo, o viajante comete auto-infanticídio.
Aristóteles (cont.)
24 Outubro 2022, 14:00 • Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc
Estudo do livro VII sobre a substância: primado da forma e sua unidade estrutural.
Tempo (1)
24 Outubro 2022, 11:00 • Ricardo Santos
A ontologia do tempo. A teoria presentista: só existem as coisas presentes (Markosian). A ideia intuitiva de que as coisas (inteiramente) passadas já não existem e de que as coisas (inteiramente) futuras ainda não existem. A crítica de Prior ao uso de uma noção relativizada de existência (existir na mitologia grega, na mente humana, num mundo possível, no passado, etc.) e a defesa de operadores temporais (de passado e de futuro). A passagem do tempo. O presentismo propõe uma visão dinâmica: o presente muda, ou seja, diferentes presentes sucedem-se uns aos outros. O que é futuro torna-se presente e depois passado. A inexistência do futuro explica a ideia comum de que o futuro está em aberto. Mas como pode o presentismo explicar que o passado esteja encerrado e seja imutável? Uma alternativa ao presentismo: a teoria do bloco crescente, que diz que existem as coisas passadas e presentes (Broad). Com a passagem do tempo, a realidade ganha novas partes, mas não perde nenhuma. Uma dificuldade séria para ambas as teorias: a teoria da relatividade restrita implica que a simultaneidade é relativa a um quadro de referência e que por isso não existe um presente objectivo, único e universal.
Estudo da substância
21 Outubro 2022, 14:00 • Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc
O problema do livro Z: o ser "por si". É o substrato material ou a forma? E em que sentido?
Causalidade (3)
21 Outubro 2022, 12:30 • Ricardo Santos
A teoria
contrafactualista da causalidade (continuação). Definição de dependência causal:
se C e E são dois acontecimentos
actuais distintos, E depende causalmente de C se e somente se, se C não
ocorresse E não ocorreria. Os casos especiais de causalidade por ausência. Nos
casos de ‘pre-emption’ (causa preterida), há causalidade sem dependência
causal. O ancestral de uma relação. A causalidade é o ancestral da relação de
dependência causal: C é uma causa de E se e somente se existe uma cadeia causal
que leva de C a E (i.e., uma sequência finita de acontecimentos tais que cada
um depende causalmente do anterior). A assimetria temporal (as causas precedem
os efeitos) como aspecto contingente. Alegados contra-exemplos à transitividade
da causalidade. Processos causais probabilísticos (não-deterministas ou que
envolvem acaso).