Sumários

A questão fundamental da Metafísica

11 Novembro 2022, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc


Comentário do cap. I da  Introdução à Metafísica de Heidegger.

Deus (2)

11 Novembro 2022, 12:30 Ricardo Santos


Discussão crítica dos argumentos ontológicos de Anselmo e de Descartes. Não há nada que exista apenas no intelecto. Existir é existir na realidade, e tudo existe (na realidade). A existência do ponto de vista da lógica clássica de primeira ordem. A existência definida como “ser (idêntico a) alguma coisa”. O carácter tautológico da tese de que “todas as coisas existem”. Consequência: a existência está trivialmente incluída em todos os conceitos; ou seja, a existência é uma propriedade, mas não uma perfeição (não é uma propriedade engrandecedora). A falha lógica do argumento cartesiano: a sua conclusão (“todos os seres perfeitos existem”) é compatível com a tese ateísta.

O argumento ontológico modal de Charles Hartshorne. Justificação das suas duas premissas: (1) necessariamente, se Deus existe, então Deus existe necessariamente; e (2) possivelmente Deus existe. Explicação da validade do argumento, com base na semântica dos mundos possíveis e na simetria da acessibilidade entre mundos. Discussão do argumento: (i) É circular? A conclusão está contida nas premissas? (ii) É verdade que se algo é concebível então não é impossível? Comparação com a conjectura de Goldbach e razões para rejeitar a segunda premissa. Distinção entre possibilidade metafísica e possibilidade epistémica.

Arist.

9 Novembro 2022, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc


Estudo do livro XII da Metafísica.

Princípios universais do ente.
Eternidade do movimento e necessidade de um 1º Motor.

Deus (1)

9 Novembro 2022, 12:30 Ricardo Santos


Argumentos tradicionais em defesa da existência de Deus: argumento ontológico, argumento cosmológico e argumento teleológico. O argumento ontológico de Anselmo de Cantuária (Proslogion, II). Deus concebido como “um ser maior do que o qual nada pode ser pensado”: se este ser existisse apenas no intelecto, poder-se-ia pensar um ‘maior’ do que ele, o que é contraditório. A objecção de Gaunilo, segundo a qual o mesmo género de argumento poderia provar a existência de muitas outras coisas, como por exemplo de “uma ilha maior do que a qual nenhuma pode ser pensada”. Réplica: a ideia de “a ilha mais grandiosa possível” não é realmente coerente, uma vez que muitas qualidades que contribuem para a grandiosidade de uma ilha não têm um grau máximo. Os pressupostos ‘Meinonguianos’ do argumento ontológico de Anselmo. A distinção entre ‘existir no intelecto’ e ‘existir na realidade’, e o princípio segundo o qual aquilo que existe também na realidade é ‘maior’ do que aquilo que (tem as mesmas qualidades mas) existe apenas no intelecto. As coisas que existem apenas no intelecto (i) não são imagens ou representações mentais (pois estas existem na realidade – ainda que sejam coisas mentais) e (ii) têm propriedades. Avaliação crítica da tese Meinonguiana de que há coisas que são de uma certa maneira, mas não existem.

A versão conceptual do argumento ontológico proposta por Descartes (Meditações Metafísicas, 5ª Meditação). Deus concebido como “um ser sumamente perfeito”: se este ser não existisse, faltar-lhe-ia uma perfeição. Juízos analíticos e juízos sintéticos. Propriedades já incluídas num conceito vs. propriedades acrescentadas a um conceito. A alegação de que a existência é uma perfeição e, por isso, já está incluída no conceito de um ser sumamente perfeito. A crítica de Kant (Crítica da Razão Pura): “a existência não é um predicado real”. A visão quantificacional da existência (ou da existência como predicado de segunda ordem) de Frege-Russell-Quine. Objecção: afirmações como “Pégaso não existe” e “Ao contrário de Lewis, Kripke ainda existe” parecem ser verdadeiras e, por isso, fazer todo o sentido.

cont. do ant.

7 Novembro 2022, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc


Comentário ao texto de Heidegger "O que é e como se determina a Fúsis em Aristóteles".