Sumários

IV. Paradoxos Indutivos - 4

4 Abril 2022, 11:00 António José Teiga Zilhão

O Paradoxo dos Corvos - 1


1. O conceito de uma Teoria da Confirmação. 
2. Teoria Lógica da Confirmação. 
2.1. Os princípios elementares da Teoria Lógica da Confirmação (TLC): i) a Condição de Nicod (CN); ii) a Condição de Não Confirmação (CNC); iii) a Condição de Equivalência (CE).
3. O Paradoxo dos Corvos
3.1. Demonstração de como derivar uma contradição a partir dos princípios elementares da TLC e de regras lógicas muito básicas.   
3.2. A proposta de Hempel para dissolver o paradoxo: deixar cair o princípio ii) - CNC. 
3.2.1. Demonstração de que, sem CNC, o paradoxo não é derivável. 
3.3. As consequências contra-intuitivas do abandono de CNC - a objecção da 'ornitologia em pista coberta', de Goodman.
3.4. Resposta de Hempel às objecções de contra-intuitividade.



IV. Paradoxos Indutivos - 3

29 Março 2022, 12:30 António José Teiga Zilhão

O Novo Enigma da Indução - 2

A solução de Goodman para o seu próprio Novo Enigma da Indução: as noções de um predicado ser projectável e de um predicado ser não projectável e a noção de entrincheiramento. Análise destes conceitos. Discussão da viabilidade da solução Goodmaniana para o enigma de Goodman.



IV. Paradoxos Indutivos - 2

28 Março 2022, 11:00 António José Teiga Zilhão

O Novo Enigma da Indução de Nelson Goodman - 1

1. As duas dimensões envolvidas na formulação do problema da indução por David Hume: a dimensão da justificação e a dimensão da descrição. O problema descritivo associado ao uso por Hume do seu Princípio da Uniformidade da Natureza (PUN): quais são as noções de mesmidade (de um curso ou processo) e de semelhança (entre instâncias) para as quais Hume apela nas suas asserções de que "o curso da natureza continua sempre uniformemente o mesmo" e de que "as instâncias, das quais não tivemos qualquer experiência, têm que assemelhar-se àquelas das quais tivemos experiência"? Não se encontra uma resposta a esta pergunta no texto de Hume.

2. Introdução do Novo Enigma da Indução (NEI) de Goodman como um modo de pôr este problema em evidência. A conclusão do NEI: as regularidades que encontramos na Natureza dependem dos sistemas de classificação que usamos para a descrever; diferentes sistemas de classificação geram diferentes regularidades (diferentes critérios de mesmidade (de um curso ou processo) e de semelhança (entre instâncias)) e podem dar origem a previsões contraditórias, igualmente justificáveis de acordo com a base de dados disponível e com as regras indutivas standard; como escolher entre eles?     



IV. Paradoxos Indutivos - 1

22 Março 2022, 12:30 António José Teiga Zilhão

O problema da indução, tal como exposto por David Hume. 


Apresentação dos modos combinatoriamente adequados de adquirir conhecimento incerto: os silogismos estatísticos e as generalizações estatísticas. Conceito de uma indução humeana: induções ou generalizações que projectam para o futuro, ou para partes do mundo acerca das quais não há experiência, o conhecimento adquirido em observações presentes ou passadas. Demonstração de que as induções humeanas, apesar de ubíquas, não respeitam nem os critérios que permitem validar um silogismo estatístico nem os critérios que permitem validar uma generalização estatística. Como justificá-las? O argumento de Hume que mostra que qualquer tentativa de justificação da indução revela-se ser circular. O apelo para o Princípio da Uniformidade da Natureza (PUN) como forma de contornar o problema: as induções humeanas complementadas com o PUN são válidas. Mas como pode o PUN, ele próprio, ser justificado? O argumento de Hume que mostra que qualquer tentativa para fundamentar o PUN é, também ela, circular. A conclusão de Hume: não há qualquer forma racional de justificar o raciocínio indutivo; este constitui um (bom) hábito que adquirimos a partir da Natureza e que permanece connosco em virtude da sua utilidade prática.   




III. Paradoxos Semânticos - 5

21 Março 2022, 11:00 António José Teiga Zilhão

C. O Problema de Moore
8. A análise do problema no âmbito da Teoria dos Actos de Fala (Speech-Acts Theory).
  
8.1. Há casos nos quais frases de conteúdo psicológico na primeira pessoa do singular têm um valor claramente referencial e não expressivo; para estes casos, a solução wittgensteiniana não pode aplicar-se.
8.2. A asserção é um acto de fala; enquanto tal, ela tem condições constitutivas. 
8.3. As condições constitutivas que um acto de fala de que p tem que satisfazer para poder ser considerado como uma asserção de que p são as seguintes: i) a prolação tem que ser acompanhada por uma intenção do falante de providenciar informação à audiência de que p e a audiência tem que reconhecer que essa é a intenção do falante; ii) a condição necessária para que a audiência reconheça que a intenção do falante é providenciar informação de que p é a de que ela desenvolva, em simultâneo, a crença de que o falante crê que p. Portanto, uma asserção de que p tem que ter o propósito de gerar na audiência a seguinte conjunção de crenças: a crença de que p e a crença de que o falante crê que p.     
8.4. Ora, tomar um acto de fala com o conteúdo 'p e não creio que p' como uma asserção verdadeira significaria que seria suposto que, em consequência do mesmo, a audiência teria que gerar a crença de que o falante teria a seguinte conjunção contraditória de crenças 'Creio que p e não creio que p'; nessas circunstâncias, porém, a audiência não poderia reconhecer ao falante a intenção de providenciar informação de que p à audiência; logo, nessas circunstâncias, uma das condições constitutivas da asserção não se encontraria satisfeita e a prolação em causa não poderia ter constituído uma asserção, apesar de ter sido proferida com o aspecto externo de uma asserção.  
8.5. Deste modo, a teoria dos actos de fala é capaz de reconduzir a intuição de absurdo à violação de uma conexão conceptual.

9. A análise doxástica do problema de Moore

9.1. As frases de Moore como definindo conteúdos proposicionais inacessíveis à atitude da crença (e.g., a tese dos pontos cegos de Sorensen)
9.1.1. O problema da definição de critérios de admissibilidade doxástica.
9.1.1.1. A inconsistência como critério de incribilidade.
9.1.1.2. Como definir inconsistência enquanto critério de incribilidade?
9.1.1.2.1. A sugestão da distância dedutiva
9.1.1.2.2. Críticas à sugestão da distância dedutiva
9.1.1.3. As dificuldades de uma definição lógica de critérios de incribilidade.
9.1.2. O problema mais geral da definição dos desideratos subjacentes à formação de crenças.