Sumários
Teste
7 Maio 2020, 14:00 • Rodrigo Furtado
Teste.
Avaliação Final Alternativa:
a) o Exame será no dia 5 de Junho entre as 10h-12h. Eu enviarei o enunciado por mail e os inscritos devolvem-mo até às 13h, em WORD.
b) grupo de respostas curtas, semelhantes ao primeiro teste (=4,5 valores).
c) 3 perguntas obrigatórias de resposta média (até 15 linhas) sobre qualquer ponto da matéria (I parte ou II parte do programa) (7,5 valores).
d) 3 perguntas em opção para escolher apenas uma, sobre um dos três temas da segunda parte do programa (=8 valores).
Por que caiu o Império Romano no Ocidente? Discussão
4 Maio 2020, 14:00 • Rodrigo Furtado
Por que caiu o Império Romano no Ocidente? Discussão
Ano 500: quando afinal o mundo não acaba – os novos reinos romano-germânicos.
30 Abril 2020, 14:00 • Rodrigo Furtado
1. A Itália do ano 500:
1.1 Roma e o senado romano: em vias de ‘empobrecimento’; as magistraturas, a prefeitura da Cidade e a prefeitura do pretório de Itália; por que razão não querem o imperador de Constantinopla?
1.2 Odoacro e a sua posição política em Ravena: patricius e rex; as nomeações consulares; o controlo do consulado e o apoio senatorial; ‘nada muda’; a evacuação do Nórico.
1.3 A chegada de Teodorico:
1.3.1 Os Godos dos Balcãs e a conflitualidade interna;
1.3.2 Um homem educado em Constantinopla que sabia mais Grego que a maioria dos Itálicos;
1.3.3 Repetir a estratégia para com Alarico: empurra-los para Ocidente;
1.3.4 Os títulos de patricius e de rex;
1.3.5 A guerra contra Odoacro (489-493).
2. O valor da estabilidade e a ‘conquista’ da aristocracia senatorial: prosperidade e crescimento económico na primeira metade do s. VI.
2.1 A ciuilitas goda; a imitação romana;
2.2 O restauro e construção de monumentos; panes et circenses; o aduentus e os tricennalia em Roma do ano 500; semper Augustus;
2.3 A participação do senado na administração imperial: Símaco, Boécio (cônsul em 510, magister officiorum em 522) e Cassiodoro;
2.4 A lei romana: o Edicto de Teodorico.
3. As estruturas na Hispânia (fim do s. V-ca. 569): a fragmentação do poder
3.1 Três fenómenos:
a. A incapacidade das cidades hispano-romanos em resistir às populações invasoras;
b. a perda do domínio imperial em meados do século V; ‘vigilância visigótica permanente’ a partir de 456; a manutenção da fiscalidade romana no Levante, no Sul e até Mérida; a ausência de um governo centralizado na Hispânia até Leovigildo (569-585);
c. o (res)surgimento de formas colectivas de governo (pré-romanas?);
4. A reunificação do poder e a centralização toledana:
4.1 Leovigildo (569-585).
a. O domínio militar (com excepção dos Vascões e Bizantinos);
b. Os símbolos do poder régio: diadema, ceptro, púrpura, trono;
c. Fundações: Recópolis; uma nova capital: Toledo.
4.2 Recaredo e o III Concílio de Toledo (589).
4.3 Monarchia imperii: a conquista do Levante por Suíntila (626-8).
As invasões germânicas: migrações, etnogénese, refugiados e integrações. Medo, destruição e adaptação.
27 Abril 2020, 14:00 • Rodrigo Furtado
CONTINUÍSTAS
1. Fenómeno de longo prazo, com raízes anteriores:
a. Longo convívio proporcionado pelos rios;
b. Frequentes combates/invasões/migrações (e.g. s. II, s. III, s. IV);
c. Estabelecimento frequente de populações dentro do Império, que normalmente acabavam integradas com o tempo: sobretudo na Mésia, Panónia, Nórico, Récia e no Norte da Gália.
d. A fraqueza do trono imperial: enfraquecimento do trono imperial era congénito da própria existência do Império:
- Nove usurpações no século IV: ‘the true “killing fields” of the fourth century were not along the frontiers. They were in northern Italy and the Balkans, where sanguinary battles were regularly fought between rival emperors’ (Brent Shaw).
- Século V: usurpações e ‘invasões’ quase sempre relacionadas (entre 406-414, houve oito ‘usurpadores’/’Augustos’ no Ocidente): usurpadores que usam forças bárbaras; forças bárbaras que aproveitam a fraqueza causada pelas usurpações;
e. continuidade entre as lideranças imperiais e ‘bárbaras’: Estilicão (Vândalo); Constâncio III (Dácio); Écio (Cita); Ricimero (Suevo); Aspar (Alano); Gundobaldo (Burgúndio); Zenão (Isáurio); Odoacro (Esciro); Teodorico (Ostrogodo).
2. Os Bárbaros:
a. ausência de destruições massivas; ausência de migrações monolíticas e massivas; ausência de decadência drástica e rápida;
b. Etnogénese (Herwig Wolfram): são os próprios Romanos que impedem inicialmente identificação plena com Roma;
3. Literatura Antiga: muito marcada pela ideia de decadência e, na Antiguidade tardia, pela espera da Parúsia; muitas vezes, são meros topoi literários.
4. As novas aristocracias:
a. A derrota da Central Romanness e a vitória de uma/várias Local Romannesses (e não do ‘barbarismo’): o triunfo da provincialização do império vs. Incapacidade de manter o ideal de império em face dos localismos;
As invasões germânicas: migrações, etnogénese, refugiados e integrações. Medo, destruição e adaptação.
23 Abril 2020, 14:00 • Rodrigo Furtado
As invasões germânicas: migrações, etnogénese, refugiados e integrações. Medo, destruição e adaptação.
I
CATASTROFISTAS
1. Os acontecimentos:
a. As ‘travessias’ godas (376-418); os Visigodos na Aquitânia: federados às ordens do Império;
Foedus
etnogénese
b. A travessia do Reno no final de 406: a ‘confusão’ hispânica: Vândalos, Suevos e as intervenções dos Visigodos às ordens do Império;
c. o abandono da Britânia (410);
d. a perda de Cartago (439);
e. as incursões dos Hunos nos Balcãs e na Gália e a batalha dos Campos Cataláunicos (451) e a invasão da Gália Cisalpina (452); a morte de Átila (453);
f. A instabilidade a norte do Loire: Egídio (Soissons); Arbogasto (Trier); Riotamo (Bretanha); os Francos.
2. Factos arqueológicos (s. V-VI):
a. simplificação económica: s. V (periferias); s. VI (Europa W Mediterrânea);
a. regresso a estruturas económicas de subsistência ou de produção regional;
b. menor especialização da produção artesanal entre os s. V-VI;
c. menor comércio a longa distância; o mercado de luxo mantem-se de forma muito limitada;
b. grandes diferenças nas elites: em gerais mais pobres; desaparece a rica aristocracia senatorial (s. VI);
c. simplificação das estruturas urbanas (abandono e atrofiamento):
* O caso de Roma.
a. ca. 1 d.C.: 1 milhão de habitantes;
b. ca. 300 d.C.: 600 mil habitantes;
c. ca. 420 d.C.: 300 mil habitantes;
d. ca. 600 d.C.: 150 mil habitantes;
e. ca. 800 d.C.: 30 mil habitantes.
* diferenças regionais:
- Norte da Gália: encolhimento das cidades/desaparecimento das uillae; produção/distribuição mantém-se regional, como sempre tinha sido;
-Hispânia: interior simplifica-se no s. V; a costa do Mediterrâneo só a partir de 550;
- Itália: impacto no s. VI, mas mantém comércio e vida urbana;
- África: exportações diminuem após 450; mas mantêm estruturas e cidades até s. VII;
3. Não há Império Romano no Ocidente ca. 500;
4. Existem “n” regna no Ocidente ca. 500: não se apresentam como Romanos; mesmo quando imitam Roma, não são Roma;
5. Fim do Império como estrutura de administração política, fiscal e militar central;
6. Atrofiamento do mundo urbano: a riqueza está cada vez mais ligada à posse de terra e não ao desempenho da vida cívica/política;
a. a irrelevância da vida política;
b. a perda de importância das cidades: na esfera episcopal, mas sem outros dividendos políticos para as elites;
7. a menor importância de saber Vergílio de cor: perde carácter de distinção. Serve para quê?