Sumários
R. Bressol, "L'Argent" (1983): a crise dos discursos
17 Maio 2017, 12:00 • Fernando Guerreiro
1. do ciclo de Dostoiewski, com a introdução da cor, ao do "malaise" da juventude: a escolha de Tolstoi, "A Nota Falsa": filmes "refractários" (Philippe Arnauld);
2. "L'Argent": 2.1. o discurso político - dois momentos: Lucien no tribunal; monólogo do companheiro de cela de Yvon; 2.2.a "nota falsa" de 500F, com a efígie de Pascal, como signo; 2.3. circulação do dinheiro e cadeia do discurso= mecanismo de narração; exteriorização de "L'Argent" por contraste com interiorização de "Pickpocket"; 2.4. a sequência final do filme: o encontro com a Senhora grisalha como possibilidade de mudança; 24.1 um pacto entre os dois em dois momentos: o perdão da senhora e a libertação pelo crime; 2.4.2. o encontro como excepção (vs) cadeia mecânica dos signos (circulação do dinheiro); carácter gratuito do dom (vs) carácter interessado das trocas; 2.4.3. intransitividade do sacrifício e do crime como actos excessivos, desligados (ab-solutos) que não articulam / simbolizam; 2.5 aceitação, não redenção: os dois finais - o aglomerado de pessoas e o ecrã negro sem a palavra Fim: não conclusão e/ou abertura.
* projecção de um dvd do filme
R. Bresson, "Pickpocket" (2)
10 Maio 2017, 12:00 • Fernando Guerreiro
2.4. um cinema e uma estética "pobres": i) o dinheiro como motivo estruturante das posições dos personagens; como íman das imagens e veículo de circulação do desejo; ii) cinema como "roubo": uma "trabalho das mãos";
2.5. o Sujeito como "modelo" e não "actor": mais "ser"(=agir) do que "parecer"(=representação); descaracterizar/ desrealizar para chegar a um proceder=automatismo (original) como acontecer do real; um cinema do "encontro";
2.6. o problema do "final": i) uma estética da "graça" (S. Weil); ii) conversão ou não?; transcendência ou imanência".
* projecção de um dvd do filme
Estética e economia no cinema de Robert Bresson
5 Maio 2017, 12:00 • Fernando Guerreiro
1. O cinema "pobre" de Robert Bresson
1.1. um modelo de cinema económico, pobre, de meios e estética reduzidos; 1.2.não o "teatro fotografado" (o cinema como "mise en scène"= representação e espectáculo) mas o Cinematógrafo: bidimensionalidade (e não ilusão 3D) da imagem; desdramatização/ teatralização, simplificação e "prise" directa sobre o real: o cinema como "escrita"; primitivismo técnico e formal; criar e não reproduzir.
2. "Pickpocket" (1958) ( o ciclo da "prisão" dos anos 50)
2.1.a questionação da Lei (relação com Dostoiewski): ausência de determinação social, emocional e psicológica do personagem; Michel como personagem em trânsito/ suspenso; como Ecce Homo =Ícone (P. Schrader); 2.2. a questão da Imagem: aplainada; relacional e não absoluta; 2.3. a Montagem como "mise en ordre ("colocazione") e "encontro" (inédito, criador).
* projecção do trailer de "L'Argent"
Bibliografia: texto de Susan Sontag na pasta da cadeira
D.W. Griffith: a análise económica pela Montagem paralela em "A Corner un Wheat" (1909)
3 Maio 2017, 12:00 • Fernando Guerreiro
Eisenstein: a Montagem Intelectual
3. dois momentos: i) as "atracções intelectuais" na sequência dos deuses de "Outubro"; ii) o "discurso interior" na sequência do "sonho" de Marfa em "A Linha Geral;
D.W. Griffith, "A Corner in Wheat" (909)
1. não a "picture drama" mas "an argument, an editorial, an essay" que testa os poderes de representação do cinema; 2) do esquema ficcional binário (camponeses vs especulaor) ao triádico (com os consumidores) (T. Gunning); 3.a Montagem paralela de contrastes como análise económica:: a Alegoria como figura (tropo) da Abstracção; 4. estrutura cíclica e "fade in" final; 5. Griffith e Eisenstein:percursor da Montagem intelectual? (E. Ullman).
* projecção dos dois excertos de Eisenstein e do filme de Griffith.