Sumários

A figura da <star>: Greta Garbo

3 Março 2017, 12:00 Fernando Guerreiro

1. o "sistema narrativo" como base do "star system": 1.1. da "picture personality" (1910) à "star" (1912-1914); 1.2. a construção da figura do "espectador-tipo"; 2. a "star": uma figura híbrida: 2.1. entre o plano do Mito (E. Morin): como deusa/ ícone e o plano do profano: familiarização, intersecção entre cinema e vida; 2.2. a "star" como lugar de crise diegética e do espectador (o regresso do cinema de atracções); 2. o caso da Garbo: 3.1. as "visões" de R. Barthes (como deusa, ícone, máscara) e B. Balàzs (a "tristeza" como luto do real, beleza de protesto contra o progressso=modernidade); 3.2. ambivalência do personagem e da actriz em "Rainha Cristina" de Rouben Mamoulian (1934)

* projecção  da sequência da hospedagem e do final do filme

Bibliografia: texto de A. Walker na pasta da cadeira 


O momento da Fotogenia: Jean Epstein

1 Março 2017, 12:00 Fernando Guerreiro

1. a concepção cineplástica do cinema da 1ª Vanguarda francesa ("escola impressionista") (Canudo, Delluc, Epstein, Dulac, Faure);
2. a noção de Fotogenia: 2.1. como qualidade das coisas / pessoas (Delluc); 2.2. como produto da câmera (Epstein); 2.3. características: instantaneidade, intensidade, fragmentação, presença local, tangibilidade, irradiação;
3. Epstein, "Coeur Fidéle" (1923): fotogenia. Grande plano (rosto) e sobreposição: 3.1. carácter folhado, por camadas, da imagem (mais símbolo do que signo) 3.2. duração e bidimensionalidade : carácter imaginário  e abertura ao rea;, 3.3 o cinema como escrita directa do real (os "graffitis").
* projecção os primeiros 20mn do filma.
Bibliografia:  texto de Élie Faure ("La Cinéplastie") na pasta da cadeira


Griffith:o rosto "aura" de Lillian Gish

24 Fevereiro 2017, 12:00 Fernando Guerreiro

1. Griffith: o Grande-plano e a Montagem paralela como formas de motivação da acção, de construção do "personagem" e de "individuação" do actor; o "sistema narrativo" viabilizador do "Star System" (Tom Gunning); 2. o novo tipo de actor: 2.1. diferença entre a pantomina teatral (um código de figuras fixas, descontínuo) e o trabalho do actor de cinema  (registo contínuo, fluído) (A. Brisson); 2.2. dois modelos de representação:  o europeu= físico (histrónico) e o americano= "natural" (verosímil) (Roberta Pearson); o actor segundo Griffith ("O que eu exijo das estrelas de cinema", 1917); 4.Lillian Gish: a modulação (inventiva) num contínuo (Russell Merritt).

* projecção de dois segmentos de "Way Down East" de Griffith (1920) e de uma "dança serpentina" dos Lumière

Bibliografia: textos de Roberta Pearson (Sobre Griffith) e de James Naremore (sobre Gish) na pasta da cadeira (fotoc. verde); textos de Kristin Thompson, D.W. Griffith e Russell Merritt na Antologia


O rosto no cinema: a "diva"

22 Fevereiro 2017, 12:00 Fernando Guerreiro

1. o Cinema como "síntese" das artes (Canudo): "obra de arte total" (Wagner): 1.1. a crítica de Pirandello ("Si Gira!", 1913(6)): a contaminação letal pelo mecânico e o duplo efeito de divisão e estranhamento da imagem; duplo exílio, de si e da situação (ao vivo) de representação; a produção de duplos, espectros (sombras), simulacros;

2. a "diva" como figura de síntese: 2.1. António Ferro ("As Grandes Trágicas do Silêncio", 1917): a "diva" como criação (ser) do cinema; 2.2. a figura do actor: da imagem-movimento (cinema histórico) à imagem-tempo (contemplativa, es/xtática); o trabalho da "diva" entre a Pose ("pathos" do melodrama, pantomina e Escultura) e a figura dinâmica da linha arabesca (curva)= serpentina (Pintura, Dança, Música).

* projecção de  um segmento do filme "Diva Dolorosa" de Peter Delpeut

Bibliografia: testos de Angela Dalle Vacche (Antologia) e António Ferro (pasta da cadeira)


O Rosto como figura/ tropo do Cinema

17 Fevereiro 2017, 12:00 Fernando Guerreiro

1. Bela Balàzs ("O Homem Visível", 1924): o cinema visibiliza o rosto dos homens e das coisas (carácter "fisiognómico" da imagem de cinema);

2. Do Plano ao Grande-Plano no Cinema: 2.1. o GP do rosto - duas concepções :i)  Balàzs: do movimento à expressão: a microfisiognomia; visibilização do invisível (o "discurso interior" das coisas); ii) Deleuze: "rosto-tempo" e "imagem-afecto"; 2.3. o GP como momento lírico/ afectivo (emocional) do filme (Balàzs, Epstein); lugar de interiorização/ subjectivação da imagem (Munsterberg); contemplação (stase), suspensão da acção e pleno do imaginário (o motivo do "beijo"); 2.4. projecção de vários curtos filmes sobre o tema (Williamson, G.A Smith, Pathé, Edison/E.S. Porter, A. Warhol): sua função escópica e narrativa