Sumários

O frio da ciência e o frio da vida

18 Maio 2016, 14:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Visionamento de um documentário sobre a ideia de que o frio é o novo calor. O que é o frio que o ser humano experimenta comparado com o frio expressado pelo Zero Absoluto?

 

CAMINHAR NO GELO DE WERNER HERZOG: uma viagem pulsante e emocional atravessada pelo Inverno de 1974 na Europa.

Leitura e comentário deste diário de viajante que nos ajuda a compreender melhor a personalidade do cineasta alemão e que provavelmente justifica o que os seus espectadores podem recolher em obra vista ou a ver.

O relato do que acontece e não acontece, aparentemente ao ritmo de uma e outra passada, articula-se com a expansão do verbo e da memória: episódios absurdos, percepções de uma realidade distorcida entre a indústria agrícola e a ruralidade, esvaziamento humano de paisagens adormecidas pela neve. A férrea determinação do protagonista na realização do seu objectivo - o encontro com a historiadora de cinema Lotte Lenya - vai de braço dado com a transformação de Herzog num ser sobrevivente e animalesco.

 

Leitura recomendada:

HERZOG, Werner, 2011, Caminhar no Gelo, tradução de Isabel Castro Silva, prefácio de Pedro Mexia, Lisboa: Tinta-da-China.

 

Documentário sugerido para visionamento:

Os novos horizontes da Ciência II, Frio 53:00 minutos

http://rutube.ru/video/9959889650b76a138fc74ba9feb307f8/


 


Happy People de Werner Herzog (conclusão). O frio que promove o calor do lar

16 Maio 2016, 14:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

SAÍDA CÁ DENTRO

Conclusão do visionamento do filme Happy People – A Year in the Taiga de Werner Herzog com introdução de um artifício de ocasião: retirar o som ao filme. Esta sugestão proveio da nossa convidada, Maria Carneiro, ex-aluna da FLUL, que nos veio falar sobre FRIO como processo meteorológico, inspiração arquitectónica e de design, reflexo nos hábitos das populações no norte da Europa, motivação filosófica e estética (artes plásticas e fotografia).

Pudemos receber o fim do filme de Herzog como uma experiência concentrada exclusivamente na paisagem e nos seres que a povoavam, incentivando a condição de uma observação visualmente potenciada.

Referência a experiência de construção de um espectáculo sobre o Árctico pela companhia dinamarquesa Hotel Pro Forma de que Maria Carneiro foi assistente de encenação.

Debate com os alunos sobre esta apresentação.

 

Filme visionado:

HERZOG, Werner e VASYUKOV, Dmitry 2010, Happy People – A Year in the Taiga, 94 min., em russo com legendas em inglês.

Imagens artísticas diversas e fotografia de Maria Carneiro


Transitar do interior da Terra para a extensão da taiga siberiana: temperaturas quentes e húmidas dão lugar ao frio profundo.

11 Maio 2016, 14:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Exercício de transição entre o espaço interior e quente da Terra onde a espécie humana produziu arte sob condições adversas e a arte cinematográfica de Werner Herzog no filme Happy People – A Year in the Taiga (2010) ao retratar o quotidiano de uma comunidade de pescadores e caçadores integrados nos confins da Sibéria ártica. A adaptação ao frio e à Natureza sublime.

 

Filme visionado:

HERZOG, Werner e VASYUKOV, Dmitry 2010, Happy People – A Year in the Taiga, 94 min., em russo com legendas em inglês.


Modos e estratégias do Expressionismo plástico antiquíssimo e moderno. Werner Herzog, o documentarista para além do documentário.

9 Maio 2016, 14:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

 

Análise e comentário de imagens de obra plástica de Franz Marc relacionada com as gravuras e pinturas da Gruta de Chauvet.

Representação de um Expressionismo primitivo e suas características em moldes comparativos com uma aprendizagem estética e técnica própria do Expressionismo modernista. O que é a arte não aprendida e como ela se manifesta? O que é a arte escolarizada e o que dela resulta?

 

Leitura e comentário de passagens de algumas subsecções da obra Chauvet Cave – The Discovery of the World’s Oldest Paintings, nomeadamente sobre temas, técnicas pictóricas, antiguidade comprovada do sítio arqueológico, originalidade das obras de arte. Observação de determinadas imagens contidas nesse livro como procura de respostas para a compreensão do que analisámos e ao mesmo tempo nos escapa: o mistério que envolve artistas primitivos e suas obras desde há mais de 30.000 anos. O discurso científico e o discurso ético-artístico em paralelo.

A gruta dos sonhos perdidos de Werner Herzog como referência discursiva e imagética.

 

Visionamento de uma entrevista a Werner Herzog a propósito do filme por ele realizado sobre a Gruta de Chauvet. Comentário ao pensamento do realizador alemão sobre o que o move na realização de documentários e como estes vão para além da preservação da factualidade.

Questionação sobre a opção do realizador em incluir no filme Cave of Forgotten Dreams uma série de cenas em torno de uma central nuclear nos arredores da Gruta de Chauvet. Estarão mesmo perdidos os sonhos da Humanidade?

 

DVD a visionar:

HERZOG, Werner 2011/2012, Cave of Forgotten Dreams, documentário, 87 min., em inglês com opção de legendas em português + entrevista ao realizador em inglês 43:21 min..

Leitura recomendada:

CHAUVET, Jean-Marie, DESCHAMPS, Eliette Brunel, HILLAIRE, Christian, 2001 Chauvet Cave – The Discovery of the World’s Oldest Paintings, Epilogue by Jean Clottes, Forward by Paul G. Bahn, pp. 7-14 e 89-127.


Entre um atelier do Homem de Neandertal e uma piscina de uma central nuclear

4 Maio 2016, 14:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Diálogo com os alunos sobre o filme de Werner Herzog, Cave of Forgotten Dreams (A gruta dos sonhos perdidos).

Questões focadas: Qual o lugar da pintura e da gravura rupestres perante um fazer artístico baseado estritamente na experiência viva e não escolarizada? Terá sido este modo artístico ancestral um primeiro Expressionismo? Que efeitos comportam a preservação e o estudo deste sítio arqueológico em Chauvet, à semelhança de outros, para a ciência? Como é feita a integração da arte cinematográfica neste processo? O que recolhemos dos testemunhos integrados no roteiro do filme?

A procura da dimensão espiritual na materialidade das pinturas. O desempenho da banda sonora. O efeito da tridimensionalidade.

 

Questionação sobre a opção do realizador em incluir no filme Cave of Forgotten Dreams uma série de cenas em torno de uma central nuclear nos arredores da Gruta de Chauvet. Estarão mesmo perdidos os sonhos da Humanidade?

 

Leitura recomendada:

CHAUVET, Jean-Marie, DESCHAMPS, Eliette Brunel, HILLAIRE, Christian, 2001 Chauvet Cave – The Discovery of the World’s Oldest Paintings, Epilogue by Jean Clottes, Forward by Paul G. Bahn, pp. 7-14 e 89-127.