Sumários

Primeiro teste da disciplina Cultura Brasileira Contemporânea.

30 Outubro 2015, 14:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Primeiro teste da disciplina Cultura Brasileira Contemporânea.

Prova (individual e escrita) de avaliação de conhecimentos.


O princípio do prazer vs. o princípio de realidade: o Carnaval

28 Outubro 2015, 14:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Noel Rosa e a denúncia da exploração no samba “Com que roupa?”.

O fenómeno da contaminatio na cultura popular: a ‘transferência’ dos valores da exuberância e da Beleza presentes na idealização edénica da natureza brasileira para os seus habitantes: Carmen Miranda, símbolo de um Brasil de 'exportação', de prazer e extravagância.

Análise de algumas das possíveis razões da adaptação e da apropriação simbólica de tópicos pertencentes à cultura erudita (do Romantismo e do Modernismo) na cultura brasileira popular da primeira metade do século XX: a importância dos produtos culturais ‘de massa’, nomeadamente, do folhetim e o cinema.

Análise de um excerto do ensaio Rio de Janeiro – Carnaval no fogo de Ruy Castro sobre o Carnaval: o significado real e simbólico do Carnaval. O olhar ‘de fora’ e ‘de dentro’ a respeito desse fenómeno cultural.


Bibliografia:

CASTRO, RUY (2003): Rio de Janeiro – Carnaval no fogo (São Paulo: Companhia das Letras).

DAMATTA, Roberto (1997): Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro (Rio de Janeiro: Rocco [6ª ed.]).

VIANNA, Hermano (1995): O mistério do samba (Rio de Janeiro: Jorge Zahar).


A nova geração do samba: o samba-canção e a utopia musical de um Brasil edénico.

23 Outubro 2015, 14:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A nova geração do samba da década de 1930: a 'mudança de endereço' do samba e a popularização  do género entre a classe média: a mudança dos bairros degradados do centro da cidade para o mais respeitável Bairro de Vila Isabel. 

A utopia musical de um 'país tropical': Ary Barroso e a criação do samba-exaltação. 

Ufanismo, nacionalismo e música popular nas décadas de 1930 e 1940 no Brasil do getulismo. 

Análise dos mitos culturais nacionais e identitários presentes em “Aquarela do Brasil”. Breve análise da interpretação forânea desses mitos: a visão fascinada da cidade alheia presente em Aló, amigos de Walt Disney. O tipo do malandro carioca materializado na figura do Zé Carioca. O mito da América festiva: a preponderância crescente do princípio do prazer em detrimento do princípio da realidade.

 

Bibliografia:

CABRAL, Sérgio (1993): No tempo de Ary Barroso (Rio de Janeiro: Editora Lumiar).

VIANNA, Hermano (1995): O mistério do samba (Rio de Janeiro: Jorge Zahar).


Dois géneros (e matrizes) fundamentais e diversos da música popular brasileira: o choro e o samba.

21 Outubro 2015, 14:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Visualização e análise  de um breve fragmento do documentário "Brasileirinho": um género eminentemente instrumental, caraterizado e apreciado por causa do virtusismo e a capacidade de improvisação. O teor melancólico do choro. O hibridismo musical do choro e a integração das diferentes matrizes culturais brasileiras.

O avesso do choro: o Brasil festivo do samba.

Origens e evolução do samba: um género embelecido e transformado a partir das influências musicais afro-brasileiras. O nascimento do samba carioca na Praça Onze, a ‘pequena África’ dos imigrantes que se deslocaram para a capital por causa do declínio das plantações de cacau e café da Bahia e da abolição da escravatura.

Os compositores da cidade e os compositores do morro: o samba comercial e o samba festivo e efémero.

 

Bibliografia:

CABRAL, Sérgio (1997): Pixinguinha, vida e obra (Rio de Janeiro: Editora Lumiar).

RANGEL, Lúcio (1962): Sambistas e chorões (Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves).

Bibliografia: CALDAS, Waldenyr (1985): Iniciação à música popular brasileira (São Paulo: Ática).

MACGOWAN, Chris (1999): Le son du Brésil: samba, bossa nova et musique populaire brésilienne (Paris: Lusophone).

TRAVASSOS, Elizabeth (2000): Modernismo e música brasileira (Rio de Janeiro: Jorge Zahar).


Primitivismo e vanguarda no Modernismo brasileiro (II): o “Manifesto Antropófago” e a pintura de Tarsila do Amaral

16 Outubro 2015, 14:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Continuação da análise de alguns excertos do “Manifesto Antropófago”: a questão da autonomia e da especificidade da identidade cultural brasileira e a importância do irracionalismo.

O mito da América triunfante vs. a Europa decadente e o novo papel do Brasil no panorama cultural e histórico do século XX: a inversão das influências e diálogos culturais e ideológicos representada pela influência da Constituição americana (1776) na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789). A América vista como o motor de uma nova revolução civilizacional.

A antropofagia: metáfora de um processo crítico de formação da cultura brasileira.

O primitivismo e o vanguardismo tropical em “O Abaporu” de Tarsila do Amaral. Análise dos significados da desproporção física do indígena: a cabeça minúscula do protagonista e a secundarização do papel da razão.

A proposta antropofágica na pintura: a reinvenção de uma personagem fundamental da arte ocidental de Rodin: “O pensador”. A revisão da posição reflexiva do homem europeu preocupado com o seu destino.

A produção surrealista posterior de Tarsila do Amaral.

O primitivismo e a visão da pintura vanguardista na América Latina de Gabriel García Márquez: a entrada do Brasil na era da América Latina como produtora mundial de 'imaginação criadora'.

Vantagens e desvantagens do artista americano: a condição do 'europeu no desterro' teorizada por Borges e a ausência de um tempo de mediação entre a chegada da modernidade e a virada já cansada da cultura europeia para o primitivo.

 

Bibliografia:

AA. VV. (2000): Olhares modernistas: Brasil / brasis cousas notáveis e espantosas. Coordinação de Ana Maria Rodrigues (Lisboa: CNCDP).

AA.VV. (2005): Seria uma rima, não seria uma solução: a poesia modernista. Antologia organizada e apresentada por Abel Barros Baptista e Osvaldo M. Silvestre (Lisboa: Cotovia).

ODILON, Marcus (2001): Antropofagia, existiu ou não? (João Pessoa: Sal da Terra [2ª ed]).