Sumários

Éric Rohmer: fazer "falar" o cinema

17 Maio 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

1. o primado da "ontologia" (Bazin): a natureza fotográfica do cinema como reprodução exacta do real (o doc. sobre os Lumière): 1.1. o cinema como "arte do espaço": a relação com a Arquitectura, concepção geométrica da forma; carácter topológico do desejo; 1.2. o cinema como arte de "mostrar", mesmo a "fala"; 1.3.o cinema como arte do "real": acordo  entre "belo" (ideal) e natureza, base do Classicismo; 1.4. um cinema da "prosa", do "récit", do campo/contracampo, da invisibilidade da câmera; ser "clássico" E "moderno";

2. o modelo (literário) dos "Contes Moraux": 2.1. um cinema oral (dialogal e dialógico) segundo o modelo peripatético e metabólico do diálogo psicagógico (de Platão à "Promenade" do século 17 francês).
* projecção de "La boulangère de Monceaux " (1962)
Bibliografia: conjunto de textos na pasta da cadeira


Jean-Luc Godard, "Vivre sa Vie" (2)

13 Maio 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

(cont.=
4. rarefacção e sacrifício: duplo sacrifício do personagem (a prostituição) e da actriz (Anna Karina).
* projecção de um dvd do filme


Jean-Luc Godard, "Vivre sa Vie" (1962)

10 Maio 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

1. o filme como exposição de um "caso": 1.1. um inquérito judicial: a foto criminal (Bertillon); 1.2. um modo de (des)dramatizar em "quadros": o modelo da Paixão de Cristo e o "distanciamento" de Brecht; 1.3. o modelo de cinema: entre o documentário (fotografia) e a "ilusão" (o "mentir-vrai" de Aragon); 1.4. o exemplo (alegoria) da "poule";

2. a questão da Linguagem: a "fala" ("parole") entre o "silêncio" e a "gaguez"; "verdade" e "erro" (a discussão entre Nana e Brice Parain:  a aporia de Porthos); 3. a sequência do "retrato"- um múltiplo retrato: literário (Poe), pictural e cinematográfico (entre Dreyer e Renoir); o "rosto" como lugar da manifestação da "verdade" e do "invisível": o "retrato vivo " de cinema.

* projecção da CM de Godard, "Charlotte et son Jules", assim como da sequência da "ida ao cinematógrafo" de "Les Carabiniers" (1963)

Bibligrafia: excerto da entrevista de Godard ao nº 128 dos Cahiers du Cinéma (Dzb/ 1962), textos de Susan Sontag, André S Labarthe, Jean-André Fieschi (pasta da cadeira)


O cinema da "Nouvelle Vague"

6 Maio 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

1. uma ou duas "vagas"?

2. o "boom" económico e os mitos do "novo" e da "juventude" na França do pós-guerra; o modelo de cinema da "Nouvelle Vague" e a indústria francesa:

 3. princípios e características (entre 1958/ 1963): 3.1. o cinema como escrita (a "caméra-stylo" de Astruc); 3.2.  a valorização  da forma="mise en scène" como pensamento e estrutura; dimensão ética (política) da forma (Godard, Rivette); 3.3. a política de autores (Truffaut); 3.4. regresso ao real: o plano-sequência e os "paralelipípedos de real" de Bazin; 3.5. meios leves e pobres (Rivette): novo tipo de "ficção" (aberta, lacunar) e de modo de produção; 3.6. um cinema do presente (e das circunstâncias): imediato, local, oral, de exteriores, do indivíduo e dos corpos (actores).

4. o cinema moderno (do pós-guerra) segundo Deleuze: a "imagem-tempo" e a "forma-balada".

* projecção de "Histoire d'eau", CM de Godard/ Truffaut (1957) e do sketche "Gare du Nord" de Jean Rouch ("Paris vu par", 1964) 

Bibliografia: textos de M. Frodon, Michel Marie e Alexandre Astruc na pasta da cadeira


A. Resnais, "L'Année dernière à Marienbad" (2)

3 Maio 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

(cont)

4. um cinema da mente: o interface espelho-ecrã-cérebro (Deleuze/ Hitchcock);

5. o motivo da estátua como figura (cifra: hieróglifo) do filme. Como o interpretar? Orfeu e Eurídice?;

6. circularidade (repetição) e diferença: dupla inscrição, em falso quiasmo, da situação de teatro. O final aberto do filme

* projecção de um dvd do filme