Sumários

Jean Cocteau, "Le Sang d'un Poète" (1930)

18 Março 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

1. "Inventar" o seu estilo: a técnica "pobre" de um cinema de "amador";

2. Dois (des)encontros produtivos: 2.1. com o Surrealismo (Bunuel); 2.2. com Eisenstein; uma estética do "choque" (montagem de "atracções") e a "imagem-em-relação" (a noção de Imagem da modernidade: P. Reverdy, 1918);

3. Uma concepção híbrida de cinema: 3.1. o cinema como "poesia directa" ("poiesis"): fazer/ acontecer da poesia; 3.2., no plano das formas: lugar "entre" a escultura e o desenho=animação: a cabeça-mobile de fios;

4. o mito (romance) pessoal do autor: 4.1. o motivo do "espelho": a forma-fluxo, líquida, do ccinema; 4.2. o discurso do mito: as figuras de Narciso, Orfeu e do Hermafrodita; o tropo da Alegoria (e não do Símbolo);

5. o filme como "documentário realista de acontecimentos irreais" (Cocteau)

* projeccção de um dvd do filme de Cocteau


O Cinema dos anos 20: a 1ª Vanguarda francesa (2)

15 Março 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

3. A teoria (estética) do cinema: 3.1. o cinema como arte "visual" (Canudo): uma estética mais da "sugestão" do que da "mimese" (descrição, narração) (Dulac); 3.2. o cinema como Música (Dulac): as noções de ritmo e de Montagem: a "cineplastia" (Canudo, Élie Faure); 3.3. um cinema da Imagem (Léger): a noção de Fotogenia (Delluc,.Epstein): o Grande Plano (Epstein).

4. Jean Epstein: 4.1. um cinema subjectivo e do pensamento (discurso interior);4.2. a problemática do Sujeito no conto e no filme; 4.3. uma narração elíptica, aberta, na vertical (por eco, ressonância) e não na horizontal (motivação sequencial das acções); 4.4. a imagem-palimpsesto (por sobreposição): do reflexo ao espectro e ao fantasma
* projecçãodo filme "La Glace à Trois Faces" de Epstein (1927)
Bibliografia: texto de Élie Faure sobre a Cineplastia na pasta da cadeira (verde)


Os anos 20: a 1ª vanguarda francesa

11 Março 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

1. a crise da indústria do cinema no pós-guerra: "americanizar" (Charles Pathé).

2. o 2º nascimento do cinema: arte nova, moderna (mecânica) e de vanguarda, "nascida durante a guerra" (Delluc): um novo regime de sensações (Cendrars);

2.1. a 1ª vanguarda como "escola francesa" (Sadoul) : "laboratório de formas" (Langlois), "nova poesia" (Cendrars); 2.2. o carácter narrativo da "escola de 1919" (L'Herbier): ambivalência da posição quanto à indústria  - uma "narrative avant-garde" (Richard Abel); 2.3. as 2 vagas dos anos 20: i) a de 1919/1924: narrativa e no sistema; ii) a de 1924/1930: desconstrutora, paródica, fora do sistema; 2.4. a vanguarda francesa como "escola impressionista"(Dulac): a questão da Luz, atmosférica e "pontilhista": o "gris lumineux" (Deleuze).

* projecção de "Ballet Mécanique" de Fernand Léger (1924) e "Entr'acte", de René Clair (1924)

Bibliografia: páginas de "Cinéma 1 - L'Image mouvement" de G. Deleuze sobre a 1ª vanguarda francesa e  de "L'avant-garde cinématographique en France dans les années vingt" de Nourredine Ghali (pasta da cadeira, fotocopiadora verde)

Para a próxima aula ler conto "La Glace à trois faces" de Paul Morand (Antolg. pp. 132-144)



O cinema na guerra de 1914-1918

8 Março 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

1. a guerra de 1914-1918 como o primeiro conflito global e mediatizado: a importância da imagem. O novo dispositivo tecnológico da percepção e de ptodução de imagens e do real (Paul Virilio).

2. a guerra na Literatura: 2.1. explosão e satelização da linguagem; 2.2. a espacialização do poema: os Caligramas de Apollinaire (1918).
3. a guerra no cinema francês : como figurar e representar o Horror? Duas vias: 3. 1. o melodrama patriótico: "Mères Françaises" (1917) de Mercanton; 2.  o "realismo fantástico" de Abel Gance : "J'accuse" (1919).
* projecção de excertos dos dois filmes
Bibliografia: artº de Laurence Véray na pasta da cadeira (fotocopiadora verde)


O cinema do ano 1913

4 Março 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

1. diferenças entre o modelo de cinema americano e o europeu(Tom Gunning); 1.1.características do cinema francês: cinema escrito (literário), com maior duração de planos, da profundidade de campo, registo contido da representação de actores : a querela da Pantomina (A. Brisson);

2. linhas da produção: i) a comédia: do gag físico, descontínuo, à comédia de situação, de personagens, mais narrativa (Max Linder); ii) o cinema social e o realismo naturalista: as "Scènes  de la Vie comme elle est" (Feuillade, Gaumont) e o (melo)drama  zoleano (Castellani) ; iii) melodrama romanesco (burguês ou popular): o "metacinema" ("auto-referencialidade") de "Le Mystère des Roches de Kandor" de Léonce Perret (1913); iv) o "serial"/ "film à épisodes"; a resposta da Gaumont ao "serial" americano: Feuillade,  "Fantômas" (1914) e "Les Vampires"(1914/5): o fantástico "já lá" (não descontínuo) de Feuillade; uma 3ª via, para lá dos Lumière e de Méliès (Resnais).

* projecção de parte do filme de Léonde Perret, de uma sequência de "Fantômas" (do episódio "Le Mort qui tue"), de "Max en vacances" (de Max Linder)

Bibliografia: texto de Mireille  Berton na pasta da cadeira (Verde) e artºs  de Tom Gunning, Francis Lacassin e Richard Roud na Antologia