Sumários

Os mortos-vivos em Harvey e Jelinek

13 Outubro 2015, 16:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Visionamento do filme Carnival of Souls (1962) de Herk Harvey, uma obra de culto para Elfriede Jelinek. e com claras correspondências na peça A Morte e a Donzela III (Rosamunda, Princesa de Chipre).

 

Leituras recomendadas:

- JELINEK Elfriede, 2015, A Morte e a Donzela I – V. Dramas de Princesas, Tradução de Anabela Mendes, dactiloscrito. Lisboa: Artes & Engenhos.

- SELLAR, Tom (ed.) I am a Trümmerfrau of Language. Entrevista de Elfriede Jelinek a Gitta Honegger in Theater, Durham: Duke University, Yale School of Drama, Volume 36, Number 2, 2006, pp. 21-38.

 

Filme no Youtube:

Carnival of Souls (1962) do realizador Herk Harvey.


Entrevista a Elfriede Jelinek. O motivo do sono em A Morte e a Donzela I e II.

8 Outubro 2015, 16:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

 

Entrevista a Elfriede Jelinek que se considera uma «mulher de escombros» da escrita. Que significa isso? Breve conhecimento da escritora a partir das suas respostas a Gitta Honegger com o intuito de acentuar a defesa de um compromisso político e crítico com o seu país de origem, a Áustria, através da escrita e de alguns escritores seus contemporâneos: Peter Handke, Thomas Bernhard. Opções estéticas e interesses dominantes (a música, a pop art). O peso da influência e domínio materno no seu desenvolvimento como pessoa e como escritora. Escrever como um acto sincopado, selectivo, multiplicativo e expansivo.

 

A Morte e a Donzela II (Bela Adormecida) de Elfriede Jelinek inspirada no conto Dornröschen (Bela Adormecida) fixado por Jakob e Wilhelm Grimm.

O adormecimento forçado como punição por se ser bela e bondosa. Repetição do motivo do sono como o espaço da suspensão do ser, já presente também em Branca de Neve e os Sete Anões (conto tradicional) e sua reapropriação na peça Branca de Neve da autora austríaca.

 

Leituras recomendadas:

- IRMÃOS GRIMM (Jakob e Wilhelm Grimm) 2012, Conto da Infância e do Lar, Tradução, Introdução e Notas de Teresa Aica Bairos, Coordenação Científica de Francisco Vaz da Silva, Primeira Edição Integral, Volume I, Lisboa: Temas e Debates / Círculo de Leitores, pp. 397-400, 413-426.

- JELINEK Elfriede, 2015, A Morte e a Donzela I – V. Dramas de Princesas, Tradução de Anabela Mendes, dactiloscrito. Lisboa: Artes & Engenhos.

- SELLAR, Tom (ed.) I am a Trümmerfrau of Language. Entrevista de Elfriede Jelinek a Gitta Honegger in Theater, Durham: Duke University, Yale School of Drama, Volume 36, Number 2, 2006, pp. 21-38.


A Morte e a Donzela I (Branca de Neve) de Elfriede Jelinek - Uma dramaturgia filosófica

6 Outubro 2015, 16:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Fronteiras entre o sério e o paródico no discurso das personagens de A Morte e a Donzela I (Branca de Neve) de Elfriede Jelinek como exercício de perguntas e busca de respostas com vista à construção de uma dramaturgia de texto. A dessacralização da morte associada à representação do poder: A Morte/Caçador/Mosquete/Verdade/Gigante-Mentira vs. Anão-Verdade executa a Donzela clarividente que não pode ganhar nem o debate nem a condição de existir para sempre como enunciado no conto-arquivo das nossas memórias tão ingénuas quanto ansiosas por harmonia.

A ironia de se ser mulher, a faculdade de tentar conduzir da melhor maneira possível a sua existência, e o facto de não ser capaz de fazer vingar entre os demais seres da natureza o esplendor da sua pessoa conduzem ao seu perecimento como Branca de Neve. Esta conjuntura não só elege como tema o exercício de violência de que é alvo, como também torna premente a questão de género como matéria não resolvida.    

 

Leituras recomendadas:

- IRMÃOS GRIMM (Jakob e Wilhelm Grimm) 2012, Conto da Infância e do Lar, Tradução, Introdução e Notas de Teresa Aica Bairos, Coordenação Científica de Francisco Vaz da Silva, Primeira Edição Integral, Volume I, Lisboa: Temas e Debates / Círculo de Leitores, pp. 397-400, 413-426.

- JELINEK Elfriede, 2015, A Morte e a Donzela I – V. Dramas de Princesas, Tradução de Anabela Mendes, dactiloscrito. Lisboa: Artes & Engenhos.

- SELLAR, Tom (ed.) I am a Trümmerfrau of Language. Entrevista de Elfriede Jelinek a Gitta Honegger in Theater, Durham: Duke University, Yale School of Drama, Volume 36, Number 2, 2006, pp. 21-38.


Elfriede Jelinek - A Morte e a Donzela I (Branca de Neve) - Quelstionação e dramaturgia

1 Outubro 2015, 16:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

Prossecução da análise dramatúrgica da peça A Morte e Donzela I (Branca de Neve) sob as perspectivas enunciadas no sumário anterior e agora em desenvolvimento.

 

Que tipo de peça é esta? O que nela nos surpreende? Como somos capazes de pensar ao mesmo tempo informação tão díspar e que acaba por fazer sentido? Podemos considerar que o modo de articular os elementos da sua escrita é o que melhor caracteriza Elfriede Jelinek como autora, como dramaturga? Como se relaciona a matéria tradicional (o conto) com a sua contrapartida contemporânea (a peça)? Como ler a elevação de uma frase filosófica ao lado de uma tirada rasteira e prosaica? Como entender o nexo Aparência vs. Essência no conto tradicional e na peça? O que acrescenta Jelinek quando inclui em A Morte e a Donzela I (Branca de Neve) a patinagem no gelo, o vestuário e os tiques da moda, o discurso publicitário, o uso inesperado de imagens com efeito de parodização? Será que o conto tradicional não transportava já consigo uma ironia e malícia subliminares, pelo menos do ponto de vista da leitura contemporânea? O que acrescenta ou transforma esta pequena obra de Jelinek?

      

Leituras recomendadas:

- IRMÃOS GRIMM (Jakob e Wilhelm Grimm) 2012, Conto da Infância e do Lar, Tradução, Introdução e Notas de Teresa Aica Bairos, Coordenação Científica de Francisco Vaz da Silva, Primeira Edição Integral, Volume I, Lisboa: Temas e Debates / Círculo de Leitores, pp. 397-400, 413-426.

JELINEK Elfriede, 2015, A Morte e a Donzela I – V. Dramas de Princesas, Tradução de Anabela Mendes, dactiloscrito. Lisboa: Artes & Engenhos.


Elfriede Jelinek - A Morte a Donzela I (Branca de Neve) - análise dramatúrgica

29 Setembro 2015, 16:00 Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes

 

Breve exposição solicitada por informação trazida para a aula pela aluna Catarina Ferreira sobre peça recente de Elfriede Jelinek – Die Schutzbefohlenen (Os protegidos) – dedicada à temática dos refugiados. Através deste exemplo comprovámos o interesse da autora austríaca por questões políticas e humanitárias fracturantes na sociedade contemporânea e o seu recurso exposto a Arquivo de textos e imagens de várias épocas para a composição da referida obra.

 

Início do trabalho de análise dramatúrgica da peça A Morte e Donzela I (Branca de Neve) de Elfriede Jelinek com o propósito de demonstrar como a estrutura da peça (longos monólogos e economia das personagens) facilita a interligação de motivos e temas no corpo do texto a ser dito.  Aproximação à ideia de partitura.

Integração do conto Branca de Neve (Irmãos Grimm) sob a perspectiva de contra-resposta à matéria tradicional.

Desenvolvimento em progressão do conteúdo implícito e explícito apresentado como título geral – A morte e a Donzela: a Morte no Caçador, no discurso, no contraponto com a Beleza e com a Verdade.

 

Leituras recomendadas:

- IRMÃOS GRIMM (Jakob e Wilhelm Grimm) 2012, Conto da Infância e do Lar, Tradução, Introdução e Notas de Teresa Aica Bairos, Coordenação Científica de Francisco Vaz da Silva, Primeira Edição Integral, Volume I, Lisboa: Temas e Debates / Círculo de Leitores, pp. 397-400, 413-426.

JELINEK Elfriede, 2015, A Morte e a Donzela I – V. Dramas de Princesas, Tradução de Anabela Mendes, dactiloscrito. Lisboa: Artes & Engenhos.