Sumários
Religiosidade e Filosofia no Mediterrâneo Antigo: breve síntese
23 Setembro 2024, 12:30 • Rodrigo Furtado
A religiosidade greco-romana.
I. A religiosidade cívica greco-romana.
1. O que são os deuses? O significado de religio.
2. Uma religião de cidades, de cidadãos e de sacerdotes-magistrados. A indistinção religião/política.
3. Um culto aberto para o exterior.
II. A “revolução religiosa” no Mediterrâneo Oriental: crioulização cultural e alterações na religiosidade.
1. Fechamento religioso face ao exerior: uma ‘religio’ de grupo.
2. A possibilidade de salvação: méritos, deméritos e resgate.
3. Os mistérios:
4.1 Morte e ressurreição;
4.2 A ligação às estações;
4.3 Os símbolos: água, sangue;
A ‘nova’ filosofia antiga.
I. Platonismo e neo-platonismo.
1. A busca da archê (‘princípio’).
2. A realidade sensível: ilusão e transitoriedade.
3. A realidade inteligível: o Bom, o Belo e o Justo em sim.
4. A preocupação com a verdade.
5. Cada vez maior preocupação com o problema de Deus. A divinização do Logos.
II. A procura da felicidade
1. De uma Filosofia “teórica” para uma filosofia “prática”: como chegar a contemplar as ideias perfeitas?
2. Filosofia como modo de vida: restrições alimentares e sexuais; a renúncia ao mundo e a busca da verdade. O Estoicismo e a ataraxia.
III. Um texto extraordinário.
‘No princípio (archê) existia o Logos; o Logos estava em deus; e o Logos era deus. No princípio (archê) ele estava em deus. Por ele é que tudo começou a existir; e sem ele nada do que existiu existiria. Nele é que estava a vida. E a vida era a luz dos homens. A luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a comprenderam. [...] [O Logos] era a luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, ilumina todo o ser humano. Ele estava no mundo e por ele o mundo veio à existência’ (Jo. 1.1-5; 9-10a).
Rodrigo Furtado
Bibliografia Sumária
Alvar, J. (2001), Los Misterios. Religiones ‘orientales’ en el Imperio Romano.
Beard, M., North, J. North, Price, S. (1998), Religions of Rome, 2 vols., Cambridge, 1998.
Bowden, H. (2010), Mystery Cults of the Ancient World, New Jersey.
Bremmer, J. (2014), Initiation into the Mysteries of the Ancient World, Berlin, Boston.
Emilsson, E. K. (2017), Plotinus, London.
Long, A.A., Sedley, D. N. (1987), The Hellenistic Philosophers, 2 vols., Cambridge.
Rüpke, J. (2007), Religion of the Romans, Malden, MA.
Rüpke, J., ed. (2008), A Companion to Roman Religion, Malden, MA
Smith, J. Z. (1990), Drudgery Divine. On the Comparison of Early Christianities and the Religions of Late Antiquity, London.
Tarrant, H., ed. (2014), The Routledge Handbook of Neoplatonism, London.
A Idade Média e o Romantismo.
19 Setembro 2024, 09:30 • Angélica Varandas
Discussão do texto de Umberto Eco: “Dreaming of the
Middle Ages”.
Do
Romantismo à Contemporaneidade.
‘No princípio era o Logos’: o Cristianismo como uma religião clássica. Neoplatonismo e Cristianismo.
18 Setembro 2024, 12:30 • Rodrigo Furtado
I. O prólogo do Evangelho de João.
‘No princípio (archê) existia o Logos; o Logos estava em Deus; e o Logos era Deus. No princípio (archê) ele estava em Deus. Por ele é que tudo começou a existir; e sem ele nada do que existiu existiria. Nele é que estava a Vida. E a Vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a comprenderam. [...] [O Logos] era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, ilumina todo o ser humano. Ele estava no mundo e por ele o mundo veio à existência’ (Jo. 1.1-5; 9-10a).
II. A Helenização do Mediterrâneo Oriental: o Judaísmo helenizante
1.1 Crioulização do Judaismo;
1.2 Debates em torno da helenização dos Hebreus: sábado; restrições da dieta; circuncisão; Templo; teologia; prosélitos.
III. O Cristianismo como religião de mistérios filosófica ou uma filosofia de mistérios religiosa.
2.1 Características:
a) morte e ressurreição;
b) a ligação às estações;
c) a salvação
d) os símbolos: água, sangue, carne
2.2 A diversidade do cristianismo primitivo.
a) O judeu-cristianismo e a queda do Templo;
b) A proto-ortodoxia e a helenização.
2.3 Uma religio? O quê, então? Uma filosofia? Será tão diferente do neoplatonismo (uma espécie de filosofia religiosa ou de religião filosófica)?
IV. Os proto-ortodoxos.
a. Paulo de Tarso: um cidadão romano, nascido em Tarso, no sul da Ásia Menor, de cultura grega, judeu, convertido ao cristianismo – o ‘fundador’ do cristianismo proto-ortodoxo de influência grega.
As profecias terão o seu fim, o dom das línguas terminará e a ciência vai ser inútil. Pois o nosso conhecimento é imperfeito e também imperfeita é a nossa profecia. Mas, quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Mas, quando me tornei homem, deixei o que era próprio de criança. Agora, vemos como num espelho, de maneira confusa; depois, veremos face a face. Agora, conheço de modo imperfeito; depois, conhecerei como sou conhecido.
(1 Cor. 13.8-12).
V. A intelectualização do Cristianismo proto-ortodoxo (ss. I-III d.C.).
1. Filosofia clássica em ambiente helenístico/romano: preocupações semelhantes.
1.1 A preocupação pelo bem, pelo belo e pelo justo em si;
1.2 A preocupação cristã pela verdade; uma preocupação filosófica e não religiosa;
2. Os filósofos cristãos:
2.1 Justino (meados do II d.C.):
i. Formação filosófica clássica: estoicismo, aristot., pitagorismo, platonismo
ii. Cristianismo = culminar do pensamento filosófico antigo, uma vez que Deus = LOGOS.
2.2 A escola de Alexandria
a) Panteno (II d. C.);
b) Clemente (II-III d.C.)..
c) Orígenes: conjugar Platonismo e Cristianismo.
VI. O crescimento do Cristianismo (ss. I-III d.C.).
1. As perseguições?
a) Um modo de auto-representação.
b) O carácter esporádico: Décio (251); Diocleciano (303).
2. Números:
a) 100 d.C.: ca. 7000 | 0,01%
b) 200 d.C.: ca. 200000 | 0,33%
c) 300 d.C.: ca. 6000000 | 10%
3. Onde?
a) Cidades: ca. 2000 cidades; ca. 12 milhões de pessoas em cidades; 48 milhões no campo.
b) Cristãos “urbanos”? Talvez 3 milhões = 25% dos habitantes de cidades.
c) Cristãos “rurais”? Talvez 3 milhões = 6,25% dos habitantes do campo.
VII. O problema da conversão de Constantino.
a. O sonho da véspera da ponte Mílvia: o . A visão: Ἐν τούτῳ νίκα/in hoc signo uinces [neste(símbolo) vencerás]
Rodrigo Furtado
Bibliografia Sumária
Bockmuehl, M., ed. (2001), The Cambridge Companion to Jesus, Cambridge.
Ehrman, B. D. (20002), The New Testament. A historical introduction to the early Christian writings, New York, Oxford.
Harvey, S. A.-Hunter, D. G., ed. (2008), The Oxford Handbook of Early Christian Studies, Oxford.
Holmén, T-Porter, S. D., ed. (2011), The Handbook for the Study of the Historical Jesus, 4 vols., Leiden-Boston.
Hopkins, K. (1998), ‘Christian Number and its Implications’, Journal of Early Christian Studies 6.2, 185-226.
Mitchell, M. M.-Young, F. M., ed. (2006), The Cambridge History of Christianity. 1. Origins to Constantine, Cambridge.
Mitchell, S.-Van Nuffelen, P., ed. (2010), One God: Pagan Monotheism in the Roman Empire, Cambridge.
Piñero, A. (ed.) (1991), Orígenes del Cristianismo. Antecedentes y primeros pasos, Madrid.
Robinson, Th. (2016), Who were the First Christians? Dismantling the Urban Thesis, Oxford.
Organização do semestre.
17 Setembro 2024, 09:30 • Angélica Varandas
Apresentação das
linhas programáticas e dos elementos bibliográficos. Organização do
semestre.
Avaliação.