Sumários

Existência (3)

7 Outubro 2019, 10:00 Ricardo Santos

Objecções modais ao descritivismo (Kripke). Os nomes são designadores rígidos (designam o mesmo objecto em todos os mundos possíveis), ao contrário das descrições. Exemplos reveladores: “Aristóteles poderia não ter sido um filósofo”; “Gödel poderia ter sido professor em Londres”; “O homem que demonstrou a incompletude da aritmética poderia ter sido professor em Londres”. Consequência: recoloca-se o problema dos nomes vazios (“Pégaso voa”) e das existenciais negativas (“Pégaso não existe”). Resurgimento do meinonguianismo. Quarta opção: neo-meinonguianos e possibilistas. Tese central: Há coisas que não existem (actualmente). A controvérsia entre quineanos e neo-meinonguianos. Teses em confronto: (A) Tudo existe; (B) Há coisas que não existem. Ao contrário do que parece, (B) não pode ser a simples negação de (A), pois nesse caso estaria a dizer que há coisas tais que não há tais coisas. O defensor de (B) diz que Pégaso não existe, mas não diz que Pégaso não é idêntico a si mesmo. Para o defensor de (B), $x é um quantificador particular, sem carga existencial (que deve ser lido como “Alguma coisa é tal que”); a existência é um predicado primitivo e indefinível. Dúvida: a discordância entre (A) e (B) a respeito de “existe” é uma discordância verbal (sobre o significado da palavra “existe”) ou factual (sobre o que é existir)?


cont. do anterior

3 Outubro 2019, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc

O saber metafísico e o papel mediador da antropologia filosófica.


Existência (2)

3 Outubro 2019, 10:00 Ricardo Santos

Continuação da aula anterior. Solução de Quine para o problema das existenciais negativas, com base no nominalismo de predicados e no descritivismo. Pressuposto o descritivismo, o uso com significado de um nome não implica a existência de um objecto nomeado. A substituição de “Pégaso” por “O x que pegaseia”. O lugar do compromisso ontológico é a quantificação e, especialmente, as quantificações existenciais. Usar o nome “Pégaso” não compromete, usar o predicado “unicórnio” não compromete, mas aceitar “Existem números” compromete. A análise de “x existe” como “Ey x=y”. A universalidade e trivialidade da existência: “Tudo existe” é uma verdade lógica.


cont. do anterior (análise do texto de Scheller)

1 Outubro 2019, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc

O saber tecno-científico e o saber a priori das essências.


Não houve aula

1 Outubro 2019, 10:00 Ricardo Santos

Não houve aula, devido à participação do docente, na qualidade de Director do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, no encontro “Investigação na FLUL: estado da arte 2019”, promovido pela Direcção da Faculdade.