Sumários

Identidade pessoal (2)

3 Dezembro 2019, 10:00 Ricardo Santos

A continuidade psicológica como critério da identidade pessoal. Revisão do problema da duplicação e das três opções possíveis. Poderá a opção (ii) ser um caso de identidade indeterminada? Semelhanças e diferenças com os casos típicos do chamado “problema dos muitos” (problem of the many) (Unger). A perspectiva animalista. A questão de saber o que somos (que tipo de ser). Tese central do animalismo: nós somos animais humanos. Rejeição da continuidade psicológica como critério de identidade. Reavaliação dos casos simples de transplante: as memórias acompanham o cérebro, mas não a pessoa. Três argumentos em defesa do animalismo: (1) já fomos um feto, e podemos cair em demência profunda (condições com as quais não temos continuidade psicológica); (2) a teoria da evolução diz que descendemos de outras espécies animais; (3) há um animal que pensa sempre que eu penso (o chamado “argumento do animal pensante”).


cont do anterior

2 Dezembro 2019, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc

As cinco vias tomistas.


Aviso avaliação: teste 16 dez.; entrega de trabalho a 3 de Jan atá às 14h; oral 7 de Jan às 12h.


Identidade pessoal (1)

2 Dezembro 2019, 10:00 Ricardo Santos

O problema metafísico da identidade pessoal: o que faz as pessoas serem numericamente idênticas ao longo do tempo? A resposta dualista: a permanência de uma mesma mente imaterial (ou alma) é o que fundamenta a identidade pessoal. Crítica à resposta dualista: procurar explicar ‘a mesma pessoa’ com base em ‘a mesma alma’ é procurar explicar o obscuro pelo mais obscuro ainda. Que factos sobre uma pessoa a e sobre uma pessoa b (em tempos diferentes) poderiam mostrar que elas são ‘a mesma alma’? Alternativa: serão duas pessoas a mesma quando têm o mesmo corpo (ou corpos espácio-temporalmente contínuos)? O caso do príncipe e do sapateiro (Locke). O critério da continuidade psicológica. Maneiras artificiais de gerar a continuidade psicológica: transplante de cérebro (baseado na teoria da identidade mente-cérebro) ou teleportação (baseado no funcionalismo). O problema da duplicação (Wiggins). Qual das pessoas resultantes é a pessoa original? Exame das três opções disponíveis: (i) ambas, (ii) só uma ou (iii) nenhuma. A solução de Parfit: separação entre sobrevivência e identidade; valorização da sobrevivência (“a identidade pessoal não é o que mais importa”) e suas consequências éticas. O critério de identidade neo-lockeano: continuidade psicológica, causada de maneira apropriada, sem ramificações.


Introd à metafísica de São Tomás de Aquino

28 Novembro 2019, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc

O projecto de uma teologia natural ou racional e o seu lugar no edifício da metafísica.

A estrutura do ente substancial: a distinção entre a essentia e o esse, lugar de incidência da questão de Deus.


Mente e corpo (3)

28 Novembro 2019, 10:00 Ricardo Santos

Avaliação crítica da teoria da identidade mente-cérebro, nas suas duas versões – identidade tipo-tipo e identidade espécime-espécime. Duas objecções fortes: a redução do mental ao físico não parece viável; as propriedades mentais são causalmente eficazes. Argumento modal contra a teoria da identidade (Kripke): a identidade é uma relação necessária, mas as correlações entre estados mentais e estados físicos do sistema nervoso central são contingentes; logo, essas correlações não são identidades. Uma teoria fisicista alternativa: o funcionalismo. A tese funcionalista: cada processo mental identifica-se, não com o mecanismo físico que o realiza, mas com a função que esse mecanismo desempenha no sistema físico. Realizabilidade múltipla: a mesma função pode ser realizada em sistemas físicos diferentes, por diferentes componentes do sistema. Princípios subjacentes aos programas de Inteligência Artificial: distinção entre hardware e software; a mente é o programa que corre no cérebro; um programa suficientemente complexo, a correr numa máquina, teria os mesmos estados mentais que nós. Problemas para o funcionalismo: o argumento do espectro invertido; e o argumento do conhecimento (Nagel, Jackson). Alegadamente, as teorias fisicistas da mente não dão conta do carácter subjectivo da experiência.