Sumários

Livre-arbítrio (1)

16 Dezembro 2019, 10:00 Ricardo Santos

Definição de determinismo: todos os acontecimentos particulares num certo momento mais as leis da natureza implicam todos os acontecimentos particulares em qualquer outro momento. Relação e diferenças entre a tese do determinismo e a tese do fatalismo: para o determinismo só é necessária a relação (implicação) entre [condições + leis] e um certo acontecimento, enquanto para o fatalismo é necessário o próprio acontecimento. Apresentação intuitiva do problema que o determinismo levanta para a liberdade. Se o determinismo é verdadeiro, então as nossas acções são consequências das leis da natureza e de acontecimentos que ocorreram num passado remoto. Refinamento do problema: o Argumento da Consequência (Inwagen). Formalização da tese determinista. A regra [alfa] segundo a qual ‘É necessário que X’ implica ‘X é o caso e não depende de nós’. A regra [beta] segunda a qual ‘X é o caso e não depende de nós’ e ‘X ® Y é o caso e não depende de nós’ implicam que ‘Y é o caso e não depende de nós’. A conclusão do argumento: se o determinismo é verdadeiro, então não somos livres (no sentido em que aquilo que fazemos não depende de nós). Duas posições incompatibilistas: o determinismo radical (que aceita o determinismo, mas nega a liberdade) e o libertismo (que nega o determinismo e defende a liberdade).


Introd. à filosofia moderna.

12 Dezembro 2019, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc

A mudança de paradigma cultural dos sécs. XV a XVII: do teocentrismo ao pan (en) teísmo; a descoberta da natureza numa perspectiva mecanicista.

A filosofia face à nova ciência experimental: o problema e as respostas.
Recapitulação dos grandes temas do programa em preparação do teste.


Fatalismo (3)

12 Dezembro 2019, 10:00 Ricardo Santos

Terceiro problema para a resposta pseudo-aristotélica: (iii) existem exemplos abundantes de presumíveis conhecimentos empíricos sobre futuros contingentes (assumindo que o conhecimento não implica infalibilidade).

(3) Resposta ockhamista ao argumento da batalha naval. A ideia de Ockham para conciliar a presciência divina com a liberdade humana. Aplicação aos futuros contingentes: a verdade acerca do futuro não implica inevitabilidade. Proposições do tipo ‘Irei fazer X, mas posso não o fazer’ são consistentes. Modelos de tempo ramificado com uma história privilegiada (‘a história verdadeira ou actual’) (Ohrstrom). Principal objecção à resposta ockhamista: se há um único futuro real, em que sentido são os outros possíveis? Parece que, ao marcar um único futuro como real (ou verdadeiro), estamos a dizer que os outros não são possibilidades genuínas, objectivas – são apenas possibilidades epistémicas.


Cont. do anterior

10 Dezembro 2019, 14:00 Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc

A contingência do ser finito e a sua fundamentação na necessidade do ser Infinito.


Fatalismo (2)

10 Dezembro 2019, 10:00 Ricardo Santos

(1) Resposta ao argumento da batalha naval que rejeita o princípio do terceiro excluído (Lukasiewicz). Razões para pensar que o terceiro excluído poderá ter excepções. O pressuposto presentista e a ideia de futuro objectivamente em aberto. Rejeitar uma proposição sem aceitar a sua negação. Discussão desta resposta. Problema principal: em geral, mesmo que ‘Fp’ e ‘ØFp’ sejam indeterminadas, não parece que ‘Fp ou ØFp’ seja indeterminada; no fim do dia de amanhã, ou terá havido batalha ou terá sido um dia pacífico – não há nenhuma terceira possibilidade.

(2) Resposta ao argumento da batalha naval que aceita o princípio do terceiro excluído, mas rejeita o princípio da bivalência (pseudo-aristotélica). Como é que podemos ter “p ou não p” verdadeira, quando “p” não é verdadeira nem falsa? Modelos de tempo ramificado (branching): um único passado, múltiplos futuros possíveis. Noção de verdade numa história. Absolutamente verdadeiro é apenas aquilo que é verdadeiro em todas as histórias. Problemas para esta resposta: (i) poderá a regra de introdução da verdade não ser válida? (ii) exemplos com apostas sobre o futuro mostram que há uma diferença importante entre verdade e inevitabilidade.