Universais (2)

24 Setembro 2019, 10:00 • Ricardo Santos

Quando um objecto instancia (ou exemplifica) uma propriedade, há aparentemente três coisas: o objecto, a propriedade e a relação de instanciação. Para constituirem um facto, estas três coisas devem estar relacionadas. Esta observação conduz a uma multiplicação infinita de relações de instanciação. O paradoxo de Russell do conjunto de todos os conjuntos que não são membros deles próprios. Aplicação do paradoxo a propriedades: a propriedade de ser uma propriedade que não se instancia a si própria. Aparentemente, não pode haver essa propriedade. Mas isso coloca em dúvida os argumentos anteriores a favor dos universais. O nominalismo: só há particulares. Variedades de nominalismo: (i) nominalismo de tropos, (ii) nominalismo de predicados, (iii) nominalismo de classes, (iv) nominalismo de avestruz.

O conceito de cosmologia filosófica

23 Setembro 2019, 14:00 • Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc

Leitura comentada de um texto de Max Scheler sobre o tema.

Universais (1)

23 Setembro 2019, 10:00 • Ricardo Santos

As noções de propriedade e de universal. Universais e particulares. Primeiros argumentos a favor da existência de universais: um sobre muitos; argumento modal; argumento da percepção; argumento do significado (de predicados e frases com estrutura sujeito-predicado). Razões para duvidar da existência de propriedades: o problema da localização dos universais; percepção e auto-predicação dos universais; multiplicação infinita de relações de instanciação.

cont. do anterior

19 Setembro 2019, 14:00 • Guiomar Mafalda Maia de Faria Blanc

Objectos, propriedades e factos

19 Setembro 2019, 10:00 • Ricardo Santos

A concepção do mundo como totalidade dos factos. A explicação russelliana da noção de facto: aquilo que torna as proposições verdadeiras, ou falsas. Factos complexos (ou moleculares) e factos atómicos. Os elementos constituintes dos factos atómicos: objectos e propriedades (ou relações). Correspondências linguagem-mundo: os nomes designam objectos, os predicados expressam propriedades (ou relações), as frases declaram factos. O argumento principal em defesa desta concepção de mundo: o mundo poderia ser diferente do que é ainda que contivesse exactamente os mesmos objectos; o mundo é completamente descrito se conhecermos todos os factos atómicos. A teoria da verdade como correspondências e as suas rivais principais (coerentismo, pragmatismo e teoria da redundância). Se o mundo é composto por factos, então, além de objectos, contém também propriedades (e relações). As propriedades são características (ou maneiras de ser) partilháveis, i.e. são universais. Existem universais? A disputa entre realistas e nominalistas.