Sumários

O projecto de uma história da sexualidade. O corpo pensado como população

29 Outubro 2020, 09:30 Nuno Gabriel de Castro Nabais dos Santos

O corpo singular, que tinha sido trabalhado com imenso detalhe e originalidade enquanto lugar de subjectivação jurídica e política na obra  Vigiar e Punir passa a seer pensado na sua dimensão colectiva, como população, no primeiro volume de  História da Sexualidade. A distinção entre dois regimes de poder: o regime de soberania e o regime de governamentalidade. 


I. Natureza do Juízo Declarativo. B - Críticas às Teorias Clássicas do Juízo Declarativo - 3

26 Outubro 2020, 12:30 António José Teiga Zilhão

Crítica de Frege à Teoria Kantiana do Juízo Declarativo - 1

1.1. Crítica de Frege à definição kantiana de juízo analítico - a definição kantiana aplica-se apenas ao caso dos juízos universais afirmativos; ela não contempla a possibilidade de que existam juízos particulares ou juízos singulares analíticos; mas tais juízos existem obviamente; consideração de alguns exemplos. 

1.1.2. Definição alternativa de Frege: juízos analíticos são aqueles para a demonstração de cuja verdade é necessário recorrer apenas a leis lógicas gerais e a definições sem conteúdo empírico. 

1.1.3. Proximidade entre as concepções de analiticidade de Frege e Bolzano. 

1.2. Crítica de Frege à tese kantiana de que os juízos aritméticos seriam juízos sintéticos: a tese de que a determinação da verdade de tais juízos necessitaria de apelar para quaisquer intuições, puras ou empíricas, é demonstravelmente falsa; em particular, Kant apresenta o caso da determinação da verdade dos juízos que apresentam o resultado de operações aritméticas sobre números grandes como o teste do azul de tornesol da sua tese; mas Frege mostra que esses são precisamente os casos para dar conta dos quais a posição de Kant é mais inverosímil. 

1.2.1. Proposta alternativa de Frege: os juízos aritméticos seriam juízos analíticos (no sentido de 'analítico' por ele redefinido), i.e., as verdades da Aritmética seriam verdades lógicas. 

1.2.2. Os três grandes desafios que a tese logicista de Frege enfrenta: i) Como demonstrar que todas as proposições da aritmética são demonstráveis por métodos puramente lógicos? ii) Como definir o conceito de número recorrendo apenas a conceitos e princípios lógicos? iii) Como derivar o princípio da indução matemática das leis mais gerais da Lógica? 


O projecto de uma história da sexualidade. Uma teoria do corpo como população

26 Outubro 2020, 09:30 Nuno Gabriel de Castro Nabais dos Santos

O corpo singular, que tinha sido trabalhado com imenso detalhe e originalidade enquanto lugar de subjectivação jurídica e política na obra Vigiar e Punir passa a seer pensado na sua dimensão colectiva, como população, no primeiro volume de História da Sexualidade. A distinção entre dois regimes de poder: o regime de soberania e o regime de governamentalidade. 


A arqueologia das ciências humanas em As Palavras e as Coisas

23 Outubro 2020, 11:00 Nuno Gabriel de Castro Nabais dos Santos

A invenção de um método descontinuista para pensar a história das ciências humanas. A correlação essencial entre representações do trabalho, da vida e da linguagem ao longo da lenta constituição do conjunto de saberes sobre o Homem. 


I. Natureza do Juízo Declarativo. B - Críticas às Teorias Clássicas do Juízo Declarativo - 2

23 Outubro 2020, 11:00 António José Teiga Zilhão

Crítica de Bolzano à Teoria Kantiana do Juízo Declarativo - 2

2.1. A redefinição por Bolzano da noção de analiticidade: 

2.1.1. Para ultrapassar as insuficiências da definição kantiana, a classificação 'analítico', quando aplicada a juízos, deveria, segundo Bolzano, ser redefinida em termos da noção, por ele introduzida, de validade geral; 

2.1.2. A noção de validade geral de Bolzano: um juízo seria geralmente válido se, e só se, se considerada uma divisão do mesmo numa parte invariável e em partes variáveis, estas últimas pudessem ser substituídas salva veritate por quaisquer outras (desde que gramaticalmente legítimas); por outras palavras, o domínio dos juízos geralmente válidos e, portanto, das verdades analíticas, seria co-extenso com o domínio das verdades lógicas (sob a condição de as partes invariáveis de um juízo geralmente válido serem os termos lógicos); 

2.1.3. Dada a definição acima, o que seria distintivo dos juízos analíticos seria (pace Kant) que eles não procederiam a qualquer análise dos conceitos (não lógicos) neles envolvidos; na realidade, a sua verdade seria determinada apenas pela sua forma ou estrutura e pelos conceitos lógicos neles contidos, implícita ou explicitamente; 

2.1.4. Não obstante, a aquisição de conhecimento conceptual seria um empreendimento extremamente relevante no âmbito da cognição humana. Mas os juízos que exprimiriam tal conhecimento nem seriam analíticos (no sentido Bolzaniano do termo), nem sintéticos (no sentido kantiano do termo). Na realidade, todos os juízos que Kant classificou como 'sintéticos a priori' pertenceriam a esta terceira classe de juízos. 

2.1.5. A análise das condições debaixo das quais poderia ocorrer a aquisição de um tal conhecimento substantivo de natureza puramente conceptual constituiria, segundo Bolzano, o primeiro objectivo do trabalho filosófico.