Sumários

Teorias linguísticas da tradução: Eugene Nida

24 Fevereiro 2023, 15:30 Marta Pacheco Pinto


Conclusão da análise do texto de Roman Jakobson. Início da discussão de “Principles of correspondence” de Eugene Nida (Toward a Science of Translating, 1964). Além de definir três fatores que influenciam a tradução (natureza da mensagem; propósito do autor e propósito do tradutor; tipo de público-alvo), Nida distingue dois tipos de equivalência: equivalência formal e equivalência dinâmica. A primeira assenta na reprodução literal tanto da forma como do conteúdo de partida; a segunda, privilegiando o princípio de uma resposta similar (ao contexto de partida) e a fluência, procura reproduzir o efeito que o original teve no recetor original na relação entre tradução e recetor (de chegada).

Teorias linguísticas da tradução: Roman Jabokson

22 Fevereiro 2023, 15:30 Marta Pacheco Pinto


Conclusão da análise do texto de Schleiermacher: tradução enquanto capitalização da língua alemã como língua com vocação universalista e cosmopolita; tradução como contacto interlinguístico que potencia o progresso e a evolução de uma língua.

Início do estudo das teorias linguísticas da tradução, que, tendo estado em voga nos anos de 1950 e 1960, trouxeram o conceito de “equivalência” para o estudo da tradução. Análise e discussão do texto de Roman Jakobson, “On Linguistic Aspects of Translation” (1959), com particular ênfase na sua proposta de categorização de três tipos de tradução: intralinguística, interlinguística e intersemiótica. A equivalência, enquanto relação de valor/identidade entre TP e TC, aplica-se apenas à tradução interlinguística. Contestando o dogma da intraduzibilidade, por conta da função metalinguística da linguagem, e dando conta dos constrangimentos gramaticais à atividade de tradução, sobretudo quando têm implicações culturais e de ordem simbólica, Jakobson defende, porém, que a poesia seria intraduzível, admitindo apenas a transposição criativa.

Guest speakers: Maria João Ferro and Sónia Amaro

22 Fevereiro 2023, 09:30 Zsófia Gombár


Presentations:

 

Maria João Ferro and Sónia Amaro gave their presentation on working as a translator.

 

The presentations were followed by an answer-and-question session.

 

https://translationhistory2023.blogspot.com/2023/01/22-february-guest-speakers-maria-joao.html


Para uma história da teoria de tradução: sobre os diferentes métodos de traduzir

17 Fevereiro 2023, 15:30 Marta Pacheco Pinto


Exercício de comentário de dois textos para determinação da sua natureza traduzida ou não traduzida e operacionalização dos métodos de traduzir enunciados por Friedrich Schleiermacher: levar o leitor até ao autor ou, pelo contrário, levar o autor até ao leitor. Análise de excertos do primeiro ensaio longo sobre tradução, Sobre os diferentes métodos de traduzir (1813), de Schleiermacher, precursor do que veio a ser designado como o movimento hermenêutico em tradução. Dicotomia entre interpretação (atividade do domínio oral associada ao mundo dos negócios) e tradução (atividade do domínio da escrita associada ao mundo da ciência e das artes); distinção das diferentes competências que se esperam do intérprete e do tradutor. Discussão rápida de excerto do romance Cadernos da Água (2022), do autor-tradutor João Reis, que ficcionaliza tanto a tradução como a atividade do tradutor-intérprete. Aprofundamento dos dois métodos de traduzir propostos por Schleiermacher, que os considera inconciliáveis; análise da argumentação em favor do primeiro método de tradução e de crítica do segundo.

Para uma história da teoria de tradução: das belas infiéis ao tradutor profeta

15 Fevereiro 2023, 15:30 Marta Pacheco Pinto


Análise do prefácio de Nicolas Perrot d’Ablancourt à tradução (do grego para francês) de Luciano de Samósata (1654), a qual ficaria conhecida como uma “bela infiel”. Discussão desta metáfora de género para designar um paradigma tradutivo assente na prática (estética) de embelezamento do texto e sua adaptação ao gosto francês, a qual esteve sobretudo em voga na França do século XVII e também no século XVIII. Ao sexualizar a tradução, a metáfora coloca a tradução, tal como a mulher, numa posição de subordinação que acentua a oposição entre original e tradução, autor e tradutor, homem e mulher, produção e reprodução. Transição do paradigma de embelezamento e domesticação da diferença para o cultivo da tradução como prática de hospitalidade e forma de tolerância por via da língua alemã. Discussão de um excerto do texto Schriften zur Literatur (“Writings on literature”) (1824), de Goethe: a literatura como expressão do génio nacional e a língua alemã como língua cosmopolita e universal, de mediação e promoção das diversas literaturas estrangeiras; o tradutor como profeta que revelaria, por via da língua alemã, o génio das literaturas estrangeiras.